sábado, 27 de novembro de 2010

Trem do Samba

Trem do Samba será comemorado nos dias 2 e 4 de dezembro

Está marcado para os dias 2 e 4 de dezembro a 15ª edição do Trem do Samba. No dia 2, data do Dia Nacional do Samba, às 19h, a comemoração ficará por conta do compositor Marquinhos de Oswaldo Cruz, que receberá a Velha Guarda da Portela, a Velha Guarda do Império Serrano, o Jongo da Serrinha, Mauro Diniz, Serginho Procópio e Renatinho Partideiro, no palco montado na estação Central do Brasil.

No sábado dia 4 de dezembro, a partir das 11h, será realizado o show no mesmo palco da Estação Central do Brasil , com Marquinhos de Oswaldo Cruz recebendo grandes nomes do samba como; Wilson Moreira, Nelson Sargento, além das ilustres Velhas Guardas da Portela, Império Serrano, Mangueira, Salgueiro e Vila Isabel e a Bateria do Mestre Faísca.

Para embarcar nesses trens especiais, será necessário trocar 1 kg de alimento não perecível por um ticket de entrada, a partir das 9h do dia 4 de dezembro, na estação Central do Brasil.

domingo, 14 de novembro de 2010

Aleijadinho

Além de revelar a intimidade do artista, sua formação de escultor e arquiteto, o filme também enfatiza o relacionamento amoroso de Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, com a bela Helena, os conflitos políticos com o pai, a amizade com o Inconfidente Cláudio Manoel da Costa, através de quem conhece detalhes da revolta histórica da Inconfidência Mineira, além da misteriosa doença que adquire aos 47 anos de idade. Doença que o aflige pelo resto da vida, e que apesar de enormes sofrimentos, não o impede de trabalhar até os 76 anos, com os instrumentos que seus três fiéis auxiliares lhe amarram nas mãos Aleijadinho vive os dois últimos e dolorosos anos de sua vida, entrevado num quarto, levando-o, nos momentos de desespero a "apostrofar o Cristo que ele tanto amara e esculpira em obras imortais, pedindo que sobre si pusesse os seus divinos pés".

Para maiores informações sobre o filme, clique aqui

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Inscreva-se

“A Bienal da UNE vem amadurecendo nessas seis edições. A volta ao Rio de Janeiro e a discussão de um tema tão precioso quanto o samba traz à tona uma das grandes novidades desta sétima edição: a ampliação do papel da Bienal”. É o que revela a coordenadora de áreas de 7ª Bienal da UNE, Eleonora Rigotti, ao comentar as novidades do evento. “Além de reunir a produção universitária brasileira, também nos propomos a revelar talentos escondidos, sejam eles jovens ou não. A Bienal torna-se, cada vez mais, um evento de e para a juventude”. A principal parte da programação da Bienal da UNE, que levará à capital fluminense atividades culturais, científicas e esportivas vindas de todo o país, estará concentrada no Aterro do Flamengo e no bairro da Lapa e é daí que vem uma das inovações.

“Pela primeira vez a Bienal acontecerá em um espaço aberto. Assim, todos os trabalhos que tiverem vocação para ambientes assim terão maior repercussão e protagonismo”, antecipa Eleonora, citando, por exemplo, as artes plásticas. Segundo a coordenadora, quanto mais o trabalho dialogar com a cidade, com a cultura e o samba, mais certo será o destaque da obra.

Além de trabalhos nas áreas de Artes Cênicas, Artes Visuais, Audiovisual, C&T, Literatura, Música, e Mostra CUCA, estão sendo somadas à Bienal atividades Autogestionadas e Artes Integradas para trabalhos que dialoguem com duas ou mais áreas simultaneamente.

“A Bienal também é um espaço no qual as pessoas podem compartilhar experiências. As atividades autogestionadas vem pra isso”, diz Eleonora. Se você fez um mochilão para algum lugar bacana ou inusitado, mesmo conhecido, pode compartilhar as fotos e experiências dessa viagem dentro dessa categoria: atividade autogestionada. Também pode propor uma oficina, um testemunho, uma caminhada, um coletivo de arte pode ensinar uma técnica, são infinitas as possibilidades. Se tem um trabalho diferenciado – uma tecnologia, experiência na web, uma obra culinária ou artesanal – que não se encaixa entre as artes apontadas, inscreva-se nas Artes Integradas.

Inscrições online

A 7ª Bienal também busca inovar facilitando as inscrições e meios para inscrição, que serão feitos especialmente pela internet – e sem custo. "Estamos buscando utilizar os suportes digitais para facilitar o envio e aferição de trabalhos. O Myspace, canal que hospeda bandas e seus trabalhos tem sido uma ótima ferramenta para otimizar as inscrições”, diz Guilherme Barcelos, coordenador da área de música.

Os organizadores do evento também destacam que nesse ano os trabalhos selecionados para a mostra receberão como prêmio o pró-labore.

“Buscamos atingir os estudantes de áreas específicas como música e cinema, além daqueles que se organizam em coletivos de arte e também o jovem que tem alguma habilidade destacada ou experiência relacionada à cultura e arte de uma forma geral”, esclarece Eleonora.

Leia aqui o regulamento das Mostras Artísticas e Científica da 7ª Bienal da UNE

manifesto da 7ª Bienal da UNE: “Brasil no estandarte, o samba é meu combate”


"Se o poeta avisou
Que tem fim felicidade
Quero o rastro da passista
Vou na esteira de quem sabe
De quem vira a fantasia
E nos avessos da cidade
Vence sol ou chuva fria
Porque o samba é o combate”


E essa tal felicidade do povo brasileiro? Essa capacidade de transcender sobre o peso que pesa, de se iluminar sobre a dor que dói, de não esmorecer na batalha e fazer carnaval? E esse samba desse povo, que ninguém sabe se é alegre ou se é triste, que se entrega na noite mas se fortalece é no dia após dia, que lava alma de quem dele precisa? E esse país que ainda não raiou? Há quem diga que o samba é seu mal, a expressão preguiçosa de uma gente a quem não cabe muito celebrar nem antes nem depois da quarta-feira de cinzas. Seria o samba um falso remédio, um colírio ludibriante, um engano em compasso de dois por quatro?

Pra cima de mim não! O samba não tem erro e de malandro faz gigante. O samba é o recurso de quem não pode e se sacode, quem levanta, bate a poeira e dá voltas por cima do próprio destino. O samba é de quem sabe. Se viver é uma cruzada, a alegria é o estandarte, tamborim é a fé cega, o tantan a humildade, cavaquinho é luz de cima, o surdão toda vontade de o pandeiro dar o ritmo pra canção virar verdade.

Muito mais do que música, samba é o jeito de viver, gingar, pensar e decidir as coisas nesse pedaço de vastidão da América do Sul. É o traço de brasilidade que agrega toda a cultura nacional em sua complexidade e jogo de cintura. De que é feito o samba perguntam-se desde antropólogos como Hermano Viana o livro “O Mistério do Samba” até roqueiros convertidos como Marcelo Camelo em seu “Samba a Dois”, bem conhecido com o grupo Los Hermanos.

A União Nacional dos Estudantes (UNE), uma das mais antigas e marcantes instituições da sociedade brasileira, mergulha no universo do samba em sua 7ª Bienal com o tema: “Brasil no estandarte, o samba é meu combate”. A UNE, em um grandioso evento de oito dias e mais de 60 mil estudantes no Rio de Janeiro, deixa-se provocar e enfrenta a incômoda teoria de que o samba e a felicidade do povo brasileiro são inférteis. A Bienal abandona, corajosamente, o medo de que o Brasil termine em um imenso carnaval, sem prazo para a última batida. Juntos, os estudantes brasileiros mostrarão que ser feliz também é o combate.

Do ponto de vista conceitual e estético, fazer um samba na Bienal é promover um grande desfile da diversidade, baseado no aplauso e no improviso. Uma grande roda de bamba onde se entra o tempo todo em um ticuntum de idéias, tecnologias, saberes e fazeres. A escolha do samba para o evento permite a quebra sincopada das estruturas hierárquicas do conhecimento, dando lugar ao coletivo e à contribuição de cada um e sua caixinha de fósforos. O fascínio um tanto místico que move uma escola na passarela, que leva um país a cantar junto, é replicado, entre a juventude brasileira da Bienal da UNE, em uma onda de motivação e práticas solidárias que se multiplicarão para muito além do evento, porque todo samba é de combate.

A 7ª Bienal representa um amadurecido trajeto em busca dos fundamentos basais da identidade nacional brasileira. Ao longo de 11 anos, as bienais pautaram a herança africana na cultura do país, os vínculos do Brasil com a América Latina, a cultura popular e as raízes de formação do Brasil. O samba aparece, naturalmente, em meio a esse caminho, sintetizando um pouco de todas essas referências em uma manifestação que tornou-se, praticamente, sinônima de nação. Entendendo o momento histórico de crescimento do protagonismo internacional do Brasil, assim como da sua responsabilidade com a transmissão de valores positivos ao mundo, a Bienal da UNE recorre ao samba em sua dimensão complexa, festiva, crítica e redentora.

Em 2005, o samba de roda baiano foi incluído pela Unesco na lista dos Patrimônios da Humanidade. Em 2007, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Brasil (IPHAN) definiu o samba como Patrimônio Nacional. A partir de um qualificado rol de convidados e mesas-redondas, grandes atrações culturais, assim como da transversalidade de linguagens como música, cinema, teatro, arte digital, literatura e artes visuais, a 7ª Bienal da UNE também consagra o samba como riqueza imaterial da sociedade brasileira, permeável para os mais diversos debates e propostas.

Do ponto de vista histórico e antropológico, a Bienal contribui para um resgate dessa manifestação, desde o século XIX, em cada uma das suas expressões, como a semba africana, a umbigada, o samba de roda, samba de terreiro, samba corrido, samba de gafieira, samba de breque, samba canção e a própria bossa nova ou o pagode. A partir de 1917 e daquele tido como o primeiro samba gravado – “Pelo telefone” de Donga e Mauro de Almeida – o samba passa também a constituir, por si, uma narrativa do desenvolvimento social e político do Brasil nos últimos 100 anos.

Segundo Hermano Viana, recorrendo à imagem de um possível encontro entre os intelectuais Gilberto Freire e Afonso Arinos com o músico Pixinguinha, o samba é alçado a símbolo da "identidade nacional" em um elaborado processo de intermediações sociais entre o povo e as elites. Freire recorta o Brasil de seu tempo, início do século XX, apresentando o mestiço como elemento síntese das coisas nacionais, em busca do viés definidor da autenticidade do país. Nesse momento, a capital do Brasil, o Rio de Janeiro, vivia grande influência da cultura estrangeira, notada nas reformas urbanas de Pereira Passos e no apogeu da "Belle Époque" francesa. Com a nova formação do estado brasileiro, pós revolução de 1930, firmou-se a construção de uma memória de identidade nacional elencando o samba como manifestação "genuinamente brasileira".

O samba da Bienal de 2011, revisitado e resignificado em uma cidade que se ensaia cosmopolita o bastante para receber, em 2014, a final da Copa do Mundo e, em 2016, os jogos olímpicos, é como a procura de um marco referencial da cultura brasileira. Adereçado de possibilidades e conexões como o samba-rock, a drum`n`bossa e as paradinhas do funk na bateria, o samba brasileiro tem grande contribuição a dar a outros povos mundiais. Prezando pelo alcance, a 7ª Bienal da UNE redistribui a nossa cultura, assumindo seus elementos de identidade na alteridade, miscigenação e antropofagismo cultural em direção a um novo grau civilizatório entre povos e nações que faça frente às constantes manifestação de intolerância, racismo e fundamentalismo pelo planeta. Isso vai dar samba.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Aprovado

O Plano Nacional de Cultura (PNC) foi aprovado, por unanimidade, nesta terça-feira, 9 de novembro, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal e segue agora para sanção presidencial. Depois de sua assinatura, o Ministério da Cultura terá 180 dias para definir metas a atingir na implementação do plano.

Demandado pela sociedade por meio da I e II Conferência Nacional de Cultura e em esforço conjunto entre o Ministério da Cultura e o Congresso Nacional, o PNC representa um avanço para a Cultura do país ao definir as diretrizes da política cultural pelos próximos 10 anos.

“A aprovação do Plano Nacional de Cultura é uma vitória muito grande, primeiro, porque institucionaliza os avanços obtidos nos últimos anos pelo governo federal na área da cultura e, depois, porque garante a continuidade das políticas culturais no Brasil”, comemorou o ministro da Cultura, Juca Ferreira.

A relatora do projeto, senadora Marisa Serrano, afirmou ser necessário ao Legislativo dar continuidade aos projetos em prol da cultura brasileira para que as diretrizes estabelecidas no Plano Nacional sejam eficazes ao marco regulatório do setor: “O PNC servirá como ponto de partida para um conjunto de políticas culturais a serem construídas”.



O que é o Plano Nacional de Cultura?

O Plano Nacional de Cultura (PNC) é o primeiro planejamento de longo prazo do Estado para a área cultural na história do país. Sua elaboração como projeto de lei é obrigatória por determinação da Constituição desde que o Congresso Nacional aprovou a Emenda Constitucional nº 48, em 2005.

As prioridades e os conceitos trazidos por ele constituem um referencial de compartilhamento de recursos coletivos que norteará as políticas públicas da área num horizonte de dez anos, inclusive com metas.

Seu texto foi aperfeiçoado pela realização de 27 seminários, em cada unidade da federação, resultantes de um acordo entre MinC e Comissão de Educação e Cultura da Câmara.



Os 13 princípios do PNC
- Liberdade de expressão, criação e fruição
- Diversidade cultural
- Respeito aos direitos humanos
- Direito de todos à arte e à cultura
- Direito à informação, à comunicação e à crítica cultural
- Direito à memória e às tradições
- Responsabilidade socioambiental
- Valorização da cultura como vetor do desenvolvimento sustentável
- Democratização das instâncias de formulação das políticas culturais
- Responsabilidade dos agentes públicos pela implementação das políticas culturais
- Colaboração entre agentes públicos e privados para o desenvolvimento da economia da cultura
- Participação e controle social na formulação e acompanhamento das políticas culturais



Pelo projeto, o governo federal terá 180 dias para definir metas para atingir esses objetivos, que serão medidas pelo Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC), já em implantação no Ministério da Cultura.

Os estados e municípios que quiserem aderir às diretrizes e metas do Plano Nacional de Cultura terão de elaborar seu respectivo plano decenal em até 180 dias. Para isso, contarão com assistência do MinC. O conteúdo será desdobrado, ainda, em planos setoriais.



(Comunicação Social/ MinC)

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Bibliteca Nacional - 200 anos

A Fundação Biblioteca Nacional completou, na última sexta-feira, 29 de outubro, 200 anos de existência. Para celebrar, foi inaugurada a exposição Biblioteca Nacional 200 anos: Uma Defesa do Infinito, e anunciado aporte financeiro de R$ 37,5 milhões para melhoria na infraestrutura e serviços da Fundação Biblioteca Nacional (FBN/MinC). O ministro da Cultura, Juca Ferreira, afirmou que é preciso celebrar a vinda da família real portuguesa para o Brasil, em 1808: “A Biblioteca Nacional é uma jóia dentro desse conjunto, porque se não fosse a vinda da família real nós não teríamos uma instituição tão importante quanto essa”. O acervo inicial da biblioteca é composto de peças trazidas de Portugal em 1810.

Para Muniz Sodré, presidente da FBN, o apoio financeiro – 31,7 milhões do BNDES e 6 milhões da Finep/MCT – veio em ótimo momento. Os recursos do BNDES serão destinados para várias ações. A maior parte – 17,8 milhões – serão alocados na reforma do prédio anexo à BN, localizado na área portuária do Rio de Janeiro, onde será organizada a hemeroteca (acervo de periódicos). Os recursos da FINEP serão aplicados na digitalização dos jornais e revistas que ficarão disponíveis, também, pela página eletrônica da biblioteca. O presidente da instituição explicou, ainda, que o prédio sede, construído em 1910, não tem capacidade para abrigar as mais de sete mil obras que recebe mensalmente, e que a extensão para o prédio na Gamboa será essencial para acomodar parte do acervo da BN. “Esse aporte do BNDES e o apoio do Ministério da Cultura vão colocar a BN no século 21”, conclui Muniz Sodré.

Por sua vez, o gerente de Patrimônio Histórico e Acervo do BNDES, Eduardo da Fonseca Mendes, destacou que o BNDES considera essa ação como estruturante: “A gente entende que essa é uma maneira de dar um salto qualitativo na capacidade da BN e fazer sua função principal, que é a preservação bibliográfica desse país”.

Homenagens

Para contar a história da Biblioteca Nacional e de seu prédio, foi concebida uma mostra especial a partir de seu rico acervo. Sob a curadoria do escritor Marcos Lucchesi, a exposição Biblioteca Nacional: 200 anos: Uma Defesa do Infinito, busca traduzir a representatividade da instituição. O trabalho foca o público, de modo que, ao chegar, ele se deparará com obras raras, como a Bíblia de Mogúncia (1462): “Porque ele nunca viu, mas sabe que vai encontrá-la e também descobrir como numa série de espelhos, aquilo que represente a sua cidadania”, definiu Marcos.

Durante a solenidade de abertura da exposição, o ministro Juca Ferreira declarou que a dedicação dos funcionários da BN foi fundamental para manter a instituição conservada e usual. “Queria homenagear a aniversariante, na figura do presidente, dos dirigentes, mas, principalmente, dos funcionários da BN, porque parte do sucesso dessa perenidade depende do trabalho de vocês”.

Uma medalha comemorativa foi cunhada pela Casa da Moeda do Brasil em homenagem ao bicentenário da BN. Na ocasião, ocorreu a descaracterização dos cunhos originais da medalha, o que garante que não haverá emissão de novas peças.

Biblioteca peregrina

Para o curador da mostra, a BN nasceu peregrina. Uma referencia às várias transferências sofridas pela instituição. O acervo trazido para o Brasil, de sessenta mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas, foi inicialmente acomodado numa das salas do Hospital do Convento da Ordem Terceira do Carmo, na Rua Direita, hoje Rua Primeiro de Março. Em 29 de outubro de 1810, um decreto do Príncipe Regente determinou que o lugar acomodasse a Real Biblioteca e instrumentos de física e matemática. A data de 29 de outubro de 1810 é considerada oficialmente como a da fundação da Real Biblioteca que, no entanto, só foi franqueada ao público em 1814.

Quando, em 1821, a Família Real regressou a Portugal, D. João VI levou de volta grande parte dos manuscritos do acervo. Depois da Proclamação da Independência, a aquisição da Biblioteca Real pelo Brasil foi regulada mediante a Convenção Adicional ao Tratado de Paz e Amizade, celebrado entre o Brasil e Portugal em 29 de agosto de 1825.
O prédio atual da FBN teve sua pedra fundamental lançada em 15 de agosto de 1905, e foi inaugurado cinco anos depois, em 29 de outubro de 1910. O prédio foi projetado pelo General Francisco Marcelino de Sousa Aguiar e a construção, dirigida pelos engenheiros Napoleão Muniz Freire e Alberto de Faria.

Hoje, há mais de 9 milhões de obras sob a guarda da Biblioteca Nacional. Centenas de pesquisadores, estudantes, turistas, passam diariamente pelo edifício sede, na Cinelândia (Rio de Janeiro), que completa 100 anos e funciona como sede da Fundação Biblioteca Nacional.

(Texto: Sheila Rezende, Comunicação Social/MinC)
(Fotos: André, Comunicação Social/MinC)