sábado, 4 de dezembro de 2010

Saiba Sobre a 7ª Bienal da UNE

A coordenação da 7ª Bienal da UNE anunciou nesta terça-feira (30) a prorrogação do prazo para as inscrições de trabalhos nas mostras artísticas do festival. Inicialmente, a data final seria 30 de novembro. Porém, em razão da grande procura e com objetivo de ampliar a diversidade dos trabalhos que irão se apresentar na Bienal, a nova data definida é dia 15/12 (quarta-feira). Os nomes dos selecionados serão divulgados até o dia 20/12 (segunda-feira) no portal www.une.org.br. Haverá também comunicado por e-mail e telefone.


O EstudanteNet explica abaixo todas as formas que existem para participar da Bienal da UNE e, também, do 13º Conselho Nacional de Entidades de Base (Coneb) da UNE.

TRABALHOS SELECIONADOS PARA A 7ª BIENAL

A primeira forma de participar da Bienal da UNE é ter o seu trabalho selecionado para ser apresentado nas mostras artísticas. Caso isso ocorra, não é necessário fazer a inscrição individual (estará automaticamente abonado da taxa de R$ 100). O selecionado será ainda premiado com um pro labore e terá um alojamento específico (os alojamentos são em salas de aulas). A organização da Bienal não se responsabiliza pela alimentação e o translado até o Rio de Janeiro.

Para inscrever o seu trabalho na áreas de Artes Integradas, Música, Artes Cênicas, Artes Visuais, Audiovisual, Literatura, C&T, Mostra CUCA e Atividades Autogestionadas basta ler o regulamento da 7ª Bienal e fazer o cadastro nos links abaixo. É fácil e gratuito.
As propostas podem ser enviadas até o dia 15/12/2010. O resultado dos selecionados será divulgado até o dia 20/12/2010 no portal www.une.org.br.

Pelo Twitter @bienaldaune, os interessados poderão acompanhar outras informações. Em breve será lançado também o hotsite da Bienal. Dúvidas poderão ser esclarecidas pelo e-mail bienal@une.org.br.

Leia aqui o regulamento das Mostras Artísticas e Científica da 7ª Bienal da UNE
Faça a inscrição de seu trabalho. Preencha a ficha abaixo de acordo com a área de seu interesse:

Artes Integradas
Música
Artes Cênicas



INSCRIÇÕES INDIVIDUAIS PARA A 7ª BIENAL

Outra forma de participar da Bienal da UNE é simples. Basta fazer a sua inscrição individual. Para isso, é só clicar no link abaixo, preencher o formulário, gerar um boleto bancário e efetuar o pagamento. Esse boleto deve ser guardado e apresentado no dia do evento, quando o participante for fazer o seu credenciamento e retirar o seu crachá. A inscrição individual para a Bienal da UNE dará direito a alojamento e acesso livre a toda a programação.

INSCRIÇÕES PARA O 13º CONEB DA UNE

Como atividade integrada a 7ª Bienal ocorrerá, entre os dias 14 a 17 de janeiro, também no Rio de Janeiro, o 13º Conselho Nacional de Entidades de Base da UNE. O CONEB é um dos mais importantes fóruns de deliberação do movimento estudantil e reunirá as principais lideranças dos Diretórios e Centros Acadêmicos de todo o Brasil. Com o tema “Nas ruas de hoje, o Brasil do amanhã”, os debates vão envolver cerca de 4 mil estudantes em mesas e grupos de discussão para refletir sobre o sentido da universidade nos tempos atuais e a projeção de um novo Brasil a partir da educação.

Para participar do 13º CONEB é necessário se inscrever da mesma forma como é feito para a Bienal. No momento de preencher o cadastro, o participante pode escolher apenas um dos eventos, ou optar por fazer o pagamento dos dois ao mesmo tempo. Os valores e os benefícios (alojamento e programação) são os mesmo correspondentes à Bienal. A única diferença é que o credenciamento no 13º CONEB dará direito à alimentação (apenas dos dias 14 a 17/01).

Os valores das inscrições da 7ª Bienal e do 13º CONEB da UNE estão discriminados abaixo:

Para fazer sua inscrição online clique aqui

Valor integral de cada evento – R$ 100
Inscrição até 17/12 - R$ 30,00 para cada evento
Inscrição de 18/12 a 31/12 - R$ 40,00 para cada evento
Inscrição de 01/01 a 13/01 - R$ 50,00 para cada evento

* Após o dia 13/01/2011 as inscrições só poderão ser feitas pessoalmente no local.
** Basta selecionar o valor integral de cada evento que automaticamente será gerado um boleto já calculado o desconto de acordo com as datas acima

Para fazer sua inscrição online clique aqui



Da redação

sábado, 27 de novembro de 2010

Trem do Samba

Trem do Samba será comemorado nos dias 2 e 4 de dezembro

Está marcado para os dias 2 e 4 de dezembro a 15ª edição do Trem do Samba. No dia 2, data do Dia Nacional do Samba, às 19h, a comemoração ficará por conta do compositor Marquinhos de Oswaldo Cruz, que receberá a Velha Guarda da Portela, a Velha Guarda do Império Serrano, o Jongo da Serrinha, Mauro Diniz, Serginho Procópio e Renatinho Partideiro, no palco montado na estação Central do Brasil.

No sábado dia 4 de dezembro, a partir das 11h, será realizado o show no mesmo palco da Estação Central do Brasil , com Marquinhos de Oswaldo Cruz recebendo grandes nomes do samba como; Wilson Moreira, Nelson Sargento, além das ilustres Velhas Guardas da Portela, Império Serrano, Mangueira, Salgueiro e Vila Isabel e a Bateria do Mestre Faísca.

Para embarcar nesses trens especiais, será necessário trocar 1 kg de alimento não perecível por um ticket de entrada, a partir das 9h do dia 4 de dezembro, na estação Central do Brasil.

domingo, 14 de novembro de 2010

Aleijadinho

Além de revelar a intimidade do artista, sua formação de escultor e arquiteto, o filme também enfatiza o relacionamento amoroso de Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, com a bela Helena, os conflitos políticos com o pai, a amizade com o Inconfidente Cláudio Manoel da Costa, através de quem conhece detalhes da revolta histórica da Inconfidência Mineira, além da misteriosa doença que adquire aos 47 anos de idade. Doença que o aflige pelo resto da vida, e que apesar de enormes sofrimentos, não o impede de trabalhar até os 76 anos, com os instrumentos que seus três fiéis auxiliares lhe amarram nas mãos Aleijadinho vive os dois últimos e dolorosos anos de sua vida, entrevado num quarto, levando-o, nos momentos de desespero a "apostrofar o Cristo que ele tanto amara e esculpira em obras imortais, pedindo que sobre si pusesse os seus divinos pés".

Para maiores informações sobre o filme, clique aqui

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Inscreva-se

“A Bienal da UNE vem amadurecendo nessas seis edições. A volta ao Rio de Janeiro e a discussão de um tema tão precioso quanto o samba traz à tona uma das grandes novidades desta sétima edição: a ampliação do papel da Bienal”. É o que revela a coordenadora de áreas de 7ª Bienal da UNE, Eleonora Rigotti, ao comentar as novidades do evento. “Além de reunir a produção universitária brasileira, também nos propomos a revelar talentos escondidos, sejam eles jovens ou não. A Bienal torna-se, cada vez mais, um evento de e para a juventude”. A principal parte da programação da Bienal da UNE, que levará à capital fluminense atividades culturais, científicas e esportivas vindas de todo o país, estará concentrada no Aterro do Flamengo e no bairro da Lapa e é daí que vem uma das inovações.

“Pela primeira vez a Bienal acontecerá em um espaço aberto. Assim, todos os trabalhos que tiverem vocação para ambientes assim terão maior repercussão e protagonismo”, antecipa Eleonora, citando, por exemplo, as artes plásticas. Segundo a coordenadora, quanto mais o trabalho dialogar com a cidade, com a cultura e o samba, mais certo será o destaque da obra.

Além de trabalhos nas áreas de Artes Cênicas, Artes Visuais, Audiovisual, C&T, Literatura, Música, e Mostra CUCA, estão sendo somadas à Bienal atividades Autogestionadas e Artes Integradas para trabalhos que dialoguem com duas ou mais áreas simultaneamente.

“A Bienal também é um espaço no qual as pessoas podem compartilhar experiências. As atividades autogestionadas vem pra isso”, diz Eleonora. Se você fez um mochilão para algum lugar bacana ou inusitado, mesmo conhecido, pode compartilhar as fotos e experiências dessa viagem dentro dessa categoria: atividade autogestionada. Também pode propor uma oficina, um testemunho, uma caminhada, um coletivo de arte pode ensinar uma técnica, são infinitas as possibilidades. Se tem um trabalho diferenciado – uma tecnologia, experiência na web, uma obra culinária ou artesanal – que não se encaixa entre as artes apontadas, inscreva-se nas Artes Integradas.

Inscrições online

A 7ª Bienal também busca inovar facilitando as inscrições e meios para inscrição, que serão feitos especialmente pela internet – e sem custo. "Estamos buscando utilizar os suportes digitais para facilitar o envio e aferição de trabalhos. O Myspace, canal que hospeda bandas e seus trabalhos tem sido uma ótima ferramenta para otimizar as inscrições”, diz Guilherme Barcelos, coordenador da área de música.

Os organizadores do evento também destacam que nesse ano os trabalhos selecionados para a mostra receberão como prêmio o pró-labore.

“Buscamos atingir os estudantes de áreas específicas como música e cinema, além daqueles que se organizam em coletivos de arte e também o jovem que tem alguma habilidade destacada ou experiência relacionada à cultura e arte de uma forma geral”, esclarece Eleonora.

Leia aqui o regulamento das Mostras Artísticas e Científica da 7ª Bienal da UNE

manifesto da 7ª Bienal da UNE: “Brasil no estandarte, o samba é meu combate”


"Se o poeta avisou
Que tem fim felicidade
Quero o rastro da passista
Vou na esteira de quem sabe
De quem vira a fantasia
E nos avessos da cidade
Vence sol ou chuva fria
Porque o samba é o combate”


E essa tal felicidade do povo brasileiro? Essa capacidade de transcender sobre o peso que pesa, de se iluminar sobre a dor que dói, de não esmorecer na batalha e fazer carnaval? E esse samba desse povo, que ninguém sabe se é alegre ou se é triste, que se entrega na noite mas se fortalece é no dia após dia, que lava alma de quem dele precisa? E esse país que ainda não raiou? Há quem diga que o samba é seu mal, a expressão preguiçosa de uma gente a quem não cabe muito celebrar nem antes nem depois da quarta-feira de cinzas. Seria o samba um falso remédio, um colírio ludibriante, um engano em compasso de dois por quatro?

Pra cima de mim não! O samba não tem erro e de malandro faz gigante. O samba é o recurso de quem não pode e se sacode, quem levanta, bate a poeira e dá voltas por cima do próprio destino. O samba é de quem sabe. Se viver é uma cruzada, a alegria é o estandarte, tamborim é a fé cega, o tantan a humildade, cavaquinho é luz de cima, o surdão toda vontade de o pandeiro dar o ritmo pra canção virar verdade.

Muito mais do que música, samba é o jeito de viver, gingar, pensar e decidir as coisas nesse pedaço de vastidão da América do Sul. É o traço de brasilidade que agrega toda a cultura nacional em sua complexidade e jogo de cintura. De que é feito o samba perguntam-se desde antropólogos como Hermano Viana o livro “O Mistério do Samba” até roqueiros convertidos como Marcelo Camelo em seu “Samba a Dois”, bem conhecido com o grupo Los Hermanos.

A União Nacional dos Estudantes (UNE), uma das mais antigas e marcantes instituições da sociedade brasileira, mergulha no universo do samba em sua 7ª Bienal com o tema: “Brasil no estandarte, o samba é meu combate”. A UNE, em um grandioso evento de oito dias e mais de 60 mil estudantes no Rio de Janeiro, deixa-se provocar e enfrenta a incômoda teoria de que o samba e a felicidade do povo brasileiro são inférteis. A Bienal abandona, corajosamente, o medo de que o Brasil termine em um imenso carnaval, sem prazo para a última batida. Juntos, os estudantes brasileiros mostrarão que ser feliz também é o combate.

Do ponto de vista conceitual e estético, fazer um samba na Bienal é promover um grande desfile da diversidade, baseado no aplauso e no improviso. Uma grande roda de bamba onde se entra o tempo todo em um ticuntum de idéias, tecnologias, saberes e fazeres. A escolha do samba para o evento permite a quebra sincopada das estruturas hierárquicas do conhecimento, dando lugar ao coletivo e à contribuição de cada um e sua caixinha de fósforos. O fascínio um tanto místico que move uma escola na passarela, que leva um país a cantar junto, é replicado, entre a juventude brasileira da Bienal da UNE, em uma onda de motivação e práticas solidárias que se multiplicarão para muito além do evento, porque todo samba é de combate.

A 7ª Bienal representa um amadurecido trajeto em busca dos fundamentos basais da identidade nacional brasileira. Ao longo de 11 anos, as bienais pautaram a herança africana na cultura do país, os vínculos do Brasil com a América Latina, a cultura popular e as raízes de formação do Brasil. O samba aparece, naturalmente, em meio a esse caminho, sintetizando um pouco de todas essas referências em uma manifestação que tornou-se, praticamente, sinônima de nação. Entendendo o momento histórico de crescimento do protagonismo internacional do Brasil, assim como da sua responsabilidade com a transmissão de valores positivos ao mundo, a Bienal da UNE recorre ao samba em sua dimensão complexa, festiva, crítica e redentora.

Em 2005, o samba de roda baiano foi incluído pela Unesco na lista dos Patrimônios da Humanidade. Em 2007, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Brasil (IPHAN) definiu o samba como Patrimônio Nacional. A partir de um qualificado rol de convidados e mesas-redondas, grandes atrações culturais, assim como da transversalidade de linguagens como música, cinema, teatro, arte digital, literatura e artes visuais, a 7ª Bienal da UNE também consagra o samba como riqueza imaterial da sociedade brasileira, permeável para os mais diversos debates e propostas.

Do ponto de vista histórico e antropológico, a Bienal contribui para um resgate dessa manifestação, desde o século XIX, em cada uma das suas expressões, como a semba africana, a umbigada, o samba de roda, samba de terreiro, samba corrido, samba de gafieira, samba de breque, samba canção e a própria bossa nova ou o pagode. A partir de 1917 e daquele tido como o primeiro samba gravado – “Pelo telefone” de Donga e Mauro de Almeida – o samba passa também a constituir, por si, uma narrativa do desenvolvimento social e político do Brasil nos últimos 100 anos.

Segundo Hermano Viana, recorrendo à imagem de um possível encontro entre os intelectuais Gilberto Freire e Afonso Arinos com o músico Pixinguinha, o samba é alçado a símbolo da "identidade nacional" em um elaborado processo de intermediações sociais entre o povo e as elites. Freire recorta o Brasil de seu tempo, início do século XX, apresentando o mestiço como elemento síntese das coisas nacionais, em busca do viés definidor da autenticidade do país. Nesse momento, a capital do Brasil, o Rio de Janeiro, vivia grande influência da cultura estrangeira, notada nas reformas urbanas de Pereira Passos e no apogeu da "Belle Époque" francesa. Com a nova formação do estado brasileiro, pós revolução de 1930, firmou-se a construção de uma memória de identidade nacional elencando o samba como manifestação "genuinamente brasileira".

O samba da Bienal de 2011, revisitado e resignificado em uma cidade que se ensaia cosmopolita o bastante para receber, em 2014, a final da Copa do Mundo e, em 2016, os jogos olímpicos, é como a procura de um marco referencial da cultura brasileira. Adereçado de possibilidades e conexões como o samba-rock, a drum`n`bossa e as paradinhas do funk na bateria, o samba brasileiro tem grande contribuição a dar a outros povos mundiais. Prezando pelo alcance, a 7ª Bienal da UNE redistribui a nossa cultura, assumindo seus elementos de identidade na alteridade, miscigenação e antropofagismo cultural em direção a um novo grau civilizatório entre povos e nações que faça frente às constantes manifestação de intolerância, racismo e fundamentalismo pelo planeta. Isso vai dar samba.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Aprovado

O Plano Nacional de Cultura (PNC) foi aprovado, por unanimidade, nesta terça-feira, 9 de novembro, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal e segue agora para sanção presidencial. Depois de sua assinatura, o Ministério da Cultura terá 180 dias para definir metas a atingir na implementação do plano.

Demandado pela sociedade por meio da I e II Conferência Nacional de Cultura e em esforço conjunto entre o Ministério da Cultura e o Congresso Nacional, o PNC representa um avanço para a Cultura do país ao definir as diretrizes da política cultural pelos próximos 10 anos.

“A aprovação do Plano Nacional de Cultura é uma vitória muito grande, primeiro, porque institucionaliza os avanços obtidos nos últimos anos pelo governo federal na área da cultura e, depois, porque garante a continuidade das políticas culturais no Brasil”, comemorou o ministro da Cultura, Juca Ferreira.

A relatora do projeto, senadora Marisa Serrano, afirmou ser necessário ao Legislativo dar continuidade aos projetos em prol da cultura brasileira para que as diretrizes estabelecidas no Plano Nacional sejam eficazes ao marco regulatório do setor: “O PNC servirá como ponto de partida para um conjunto de políticas culturais a serem construídas”.



O que é o Plano Nacional de Cultura?

O Plano Nacional de Cultura (PNC) é o primeiro planejamento de longo prazo do Estado para a área cultural na história do país. Sua elaboração como projeto de lei é obrigatória por determinação da Constituição desde que o Congresso Nacional aprovou a Emenda Constitucional nº 48, em 2005.

As prioridades e os conceitos trazidos por ele constituem um referencial de compartilhamento de recursos coletivos que norteará as políticas públicas da área num horizonte de dez anos, inclusive com metas.

Seu texto foi aperfeiçoado pela realização de 27 seminários, em cada unidade da federação, resultantes de um acordo entre MinC e Comissão de Educação e Cultura da Câmara.



Os 13 princípios do PNC
- Liberdade de expressão, criação e fruição
- Diversidade cultural
- Respeito aos direitos humanos
- Direito de todos à arte e à cultura
- Direito à informação, à comunicação e à crítica cultural
- Direito à memória e às tradições
- Responsabilidade socioambiental
- Valorização da cultura como vetor do desenvolvimento sustentável
- Democratização das instâncias de formulação das políticas culturais
- Responsabilidade dos agentes públicos pela implementação das políticas culturais
- Colaboração entre agentes públicos e privados para o desenvolvimento da economia da cultura
- Participação e controle social na formulação e acompanhamento das políticas culturais



Pelo projeto, o governo federal terá 180 dias para definir metas para atingir esses objetivos, que serão medidas pelo Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC), já em implantação no Ministério da Cultura.

Os estados e municípios que quiserem aderir às diretrizes e metas do Plano Nacional de Cultura terão de elaborar seu respectivo plano decenal em até 180 dias. Para isso, contarão com assistência do MinC. O conteúdo será desdobrado, ainda, em planos setoriais.



(Comunicação Social/ MinC)

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Bibliteca Nacional - 200 anos

A Fundação Biblioteca Nacional completou, na última sexta-feira, 29 de outubro, 200 anos de existência. Para celebrar, foi inaugurada a exposição Biblioteca Nacional 200 anos: Uma Defesa do Infinito, e anunciado aporte financeiro de R$ 37,5 milhões para melhoria na infraestrutura e serviços da Fundação Biblioteca Nacional (FBN/MinC). O ministro da Cultura, Juca Ferreira, afirmou que é preciso celebrar a vinda da família real portuguesa para o Brasil, em 1808: “A Biblioteca Nacional é uma jóia dentro desse conjunto, porque se não fosse a vinda da família real nós não teríamos uma instituição tão importante quanto essa”. O acervo inicial da biblioteca é composto de peças trazidas de Portugal em 1810.

Para Muniz Sodré, presidente da FBN, o apoio financeiro – 31,7 milhões do BNDES e 6 milhões da Finep/MCT – veio em ótimo momento. Os recursos do BNDES serão destinados para várias ações. A maior parte – 17,8 milhões – serão alocados na reforma do prédio anexo à BN, localizado na área portuária do Rio de Janeiro, onde será organizada a hemeroteca (acervo de periódicos). Os recursos da FINEP serão aplicados na digitalização dos jornais e revistas que ficarão disponíveis, também, pela página eletrônica da biblioteca. O presidente da instituição explicou, ainda, que o prédio sede, construído em 1910, não tem capacidade para abrigar as mais de sete mil obras que recebe mensalmente, e que a extensão para o prédio na Gamboa será essencial para acomodar parte do acervo da BN. “Esse aporte do BNDES e o apoio do Ministério da Cultura vão colocar a BN no século 21”, conclui Muniz Sodré.

Por sua vez, o gerente de Patrimônio Histórico e Acervo do BNDES, Eduardo da Fonseca Mendes, destacou que o BNDES considera essa ação como estruturante: “A gente entende que essa é uma maneira de dar um salto qualitativo na capacidade da BN e fazer sua função principal, que é a preservação bibliográfica desse país”.

Homenagens

Para contar a história da Biblioteca Nacional e de seu prédio, foi concebida uma mostra especial a partir de seu rico acervo. Sob a curadoria do escritor Marcos Lucchesi, a exposição Biblioteca Nacional: 200 anos: Uma Defesa do Infinito, busca traduzir a representatividade da instituição. O trabalho foca o público, de modo que, ao chegar, ele se deparará com obras raras, como a Bíblia de Mogúncia (1462): “Porque ele nunca viu, mas sabe que vai encontrá-la e também descobrir como numa série de espelhos, aquilo que represente a sua cidadania”, definiu Marcos.

Durante a solenidade de abertura da exposição, o ministro Juca Ferreira declarou que a dedicação dos funcionários da BN foi fundamental para manter a instituição conservada e usual. “Queria homenagear a aniversariante, na figura do presidente, dos dirigentes, mas, principalmente, dos funcionários da BN, porque parte do sucesso dessa perenidade depende do trabalho de vocês”.

Uma medalha comemorativa foi cunhada pela Casa da Moeda do Brasil em homenagem ao bicentenário da BN. Na ocasião, ocorreu a descaracterização dos cunhos originais da medalha, o que garante que não haverá emissão de novas peças.

Biblioteca peregrina

Para o curador da mostra, a BN nasceu peregrina. Uma referencia às várias transferências sofridas pela instituição. O acervo trazido para o Brasil, de sessenta mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas, foi inicialmente acomodado numa das salas do Hospital do Convento da Ordem Terceira do Carmo, na Rua Direita, hoje Rua Primeiro de Março. Em 29 de outubro de 1810, um decreto do Príncipe Regente determinou que o lugar acomodasse a Real Biblioteca e instrumentos de física e matemática. A data de 29 de outubro de 1810 é considerada oficialmente como a da fundação da Real Biblioteca que, no entanto, só foi franqueada ao público em 1814.

Quando, em 1821, a Família Real regressou a Portugal, D. João VI levou de volta grande parte dos manuscritos do acervo. Depois da Proclamação da Independência, a aquisição da Biblioteca Real pelo Brasil foi regulada mediante a Convenção Adicional ao Tratado de Paz e Amizade, celebrado entre o Brasil e Portugal em 29 de agosto de 1825.
O prédio atual da FBN teve sua pedra fundamental lançada em 15 de agosto de 1905, e foi inaugurado cinco anos depois, em 29 de outubro de 1910. O prédio foi projetado pelo General Francisco Marcelino de Sousa Aguiar e a construção, dirigida pelos engenheiros Napoleão Muniz Freire e Alberto de Faria.

Hoje, há mais de 9 milhões de obras sob a guarda da Biblioteca Nacional. Centenas de pesquisadores, estudantes, turistas, passam diariamente pelo edifício sede, na Cinelândia (Rio de Janeiro), que completa 100 anos e funciona como sede da Fundação Biblioteca Nacional.

(Texto: Sheila Rezende, Comunicação Social/MinC)
(Fotos: André, Comunicação Social/MinC)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

7ª Bienal da UNE

saiba como participar e inscrever trabalhos
Cidade da Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016 recebe mais de 10 mil estudantes do Brasil e da América Latina entre os dias 18 e 23 de janeiro de 2011; jovens de todas as regiões já organizam caravanas rumo à cidade maravilhosa.


O maior e mais aguardado festival estudantil da América Latina já tem data, tema e local definidos. Dando início à série de grandes eventos que a cidade do Rio de Janeiro sediará nesta década – incluindo a Copa 2014 e as Olimpíadas de 2016 - a 7ª Bienal da UNE acontecerá entre os dias 18 a 23 de janeiro de 2011. Os seis dias de evento terão atividades culturais, científicas e esportivas espalhadas por diversos espaços da capital carioca. A principal parte da programação estará concentrada no Aterro do Flamengo, imenso complexo de lazer com projeto paisagístico de Burle Marx, e na Lapa, reduto histórico da boêmia cultural e festiva, marca característica do Rio.

São esperadas mais de 10 mil pessoas para o evento, que na sua sétima edição homenageia o samba com o tema “Brasil no estandarte, o samba é meu combate”. Segundo o presidente da UNE, Augusto Chagas, a Bienal será, como sempre, ampla e plural: “É o espaço para o encontro de todas as juventudes em suas mais diversas expressões, um evento com potencialidade de divulgar as produções artísticas e culturais dos estudantes de todas as regiões do Brasil. É, também, o momento da UNE dialogar com outras manifestações, como a ciência, a tecnologia, e o esporte, que terá papel destacado desta vez”, declara.

“Brasil no estandarte, o samba é meu combate”
Ao longo de 11 anos, as bienais já pautaram a herança africana na cultura do país, os vínculos do Brasil com a América Latina, a cultura popular e as raízes de formação do povo brasileiro. A 7ª Bienal representa um amadurecido trajeto em busca dessa compreensão. Nessa edição, a União Nacional dos Estudantes privilegia o samba como elemento icônico da brasilidade, buscando, para além da sua história musical, entender como se apresenta nas dimensões sociais, críticas e estéticas da nação.

Segundo o diretor de Cultura da UNE e coordenador-geral da 7ª Bienal, Fellipe Redó, o festival apresentará um olhar sobre o samba que ultrapassa sua imagem puramente festiva ou carnavalesca. “Nos inspiramos no gênero musical tido como uma marca de trocas sociais, uma possibilidade autêntica de valorização da brasilidade, o estilo de vida, os lugares e os personagens que fazem do samba o seu relato mais íntimo do dia-a-dia e a sua manifestação maior de combate. Muito mais do que música, samba é o jeito de viver, gingar, pensar e decidir”, reflete.

>> Leia aqui a íntegra do manifesto da 7ª Bienal da UNE

CUCA da UNE celebra 10 anos
A 7ª Bienal celebra também os 10 anos do Circuito Universitário de Cultura e Arte, o CUCA da UNE, uma das mais instigadoras experiências do movimento estudantil que foi inovadora no conceito de formação de uma rede interligada de Pontos de Cultura país afora. O CUCA, criado a partir da 2ª Bienal, em 2001, no Rio de Janeiro, retorna à cidade para comemorar uma década de valorização da produção cultural nacional no interior das universidades, reunir “cuqueiros” de todo o Brasil e propor novas frentes de ações para o próximo período.

>> Saiba mais e conheça aqui o CUCA da UNE

13º CONEB da UNE
Como atividade integrada a 7ª Bienal ocorrerá, entre os dias 14 a 17 de janeiro, no Riocentro, o maior centro de convenções da America Latina, o 13º Conselho Nacional de Entidades de Base da UNE. O CONEB é um dos mais importantes fóruns de deliberação do movimento estudantil e reunirá as principais lideranças dos Diretórios e Centros Acadêmicos de todo o Brasil. O tema em debate “A universidade necessária” vai envolver cerca de 3 mil estudantes em mesas e grupos de discussão para refletir sobre o sentido da universidade nos tempos atuais e a projeção de um novo Brasil a partir da educação.

>> Baixe aqui a Ata e o Regimento do 13º CONEB da UNE e saiba mais informações

Como inscrever o seu trabalho na 7ª Bienal
A partir de um qualificado rol de convidados e mesas-redondas, grandes atrações culturais, assim como da transversalidade de linguagens como música, cinema, teatro, arte digital, literatura e artes visuais, a 7ª Bienal da UNE se consolida como o principal instrumento para o mapeamento e difusão da cultura produzida por estudantes de todo o Brasil.

Para inscrever o seu trabalho na áreas de Artes Integradas, Música, Artes Cênicas, Artes Visuais, Audiovisual, Literatura, C&T, Mostra CUCA e Atividades Autogestionadas basta ler o regulamento da 7ª Bienal e fazer o cadastro nos links abaixo. As propostas podem ser enviadas até o dia 30/11/2010. O resultado dos selecionados será divulgado no portal www.une.org.br.

Pelo Twitter @bienaldaune, os seguidores poderão acompanhar outras informações. Em breve será lançado também o hotsite da Bienal. Dúvidas poderão ser esclarecidas pelo e-mail bienal@une.org.br.

>> Leia aqui o regulamento das Mostras Artísticas e Científica da 7ª Bienal da UNE

Faça a inscrição de seu trabalho. Preencha a ficha abaixo de acordo com a área de seu interesse:

>> Artes Integradas

>> Música

>> Artes Cênicas

>> Audiovisual

>> Artes Visuais

>> Literatura

>> C&T

>> Mostra CUCA

>> Atividades Autogestionadas

Da Redação

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Morreu... Agora Tuma

Romeu Tuma foi destaque na Edição do Cinejornal Especial do 51º Congresso da UNE. Assita TV CUCA



Reproduzimos e-mail de Alípio Freire:

segue abaixo um poema que constará do meu próximo livro "Rapsódia De Ordem Políticae Social".
Pretendia que permanecesse inédito até o lançamento do livro.

No entanto, com os últimos acontecimentos, decidi enviar para vocês.


Putabraço,
Alipio Freire

Numa noite de setembro de 1969
no Departamento Estadual de Ordem Política e Social – Deops
Sofia Edu e eu fomos levados para interrogatório e acareação
na sala do delegado Sérgio Paranhos Fleury.


Móveis escuros e pesados no estilo ‘renascença’
– pata-de-leão
Estofamentos de couro e tapete persa.


Na parede atrás da poltrona do delegado
num grande cartaz branco horizontal.
impresso em silkscreen com tinta preta
uma caveira e duas tíbias cruzadas
sublinhadas pela inscrição:
Scuderie Le Cocq
(nome fantasia dos esquadrões da morte).


2.

Estou seguro de que apenas o que depois se tornaria senador Romeu Tuma
(delegado chefe do Deops entre 1966 e 1983)
jamais se deu conta desse detalhe.


É compreensível
Certamente devia estar ocupado com coisas mais importantes.
Manter todos os equipamentos da casa atualizados e funcionando paraviabilizar confissões de
presos devia tomar muito do seu tempo.


Além – é óbvio – das freqüentes reuniões com a cúpula do regime
e de suas tarefas na área de formação de mão de obra especializada.


PS

É cansativo mas é verdade:

Os governos passam.
As polícias ficam.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Inscreva-se

Vem aí a segunda edição do SOM NA CUCA - Festival Universitário de Música do Circuito Universitário de Cultura e Arte “Mestre Antônio Vieira”.


Este ano com a temática , “Da guitarra ao tambor, no meu Mará tem tudo isso.”, o festival SOM NA CUCA vem novamente resgatar a tradição dos grandes festivais de música no âmbito das universidades, bem como abordar a música do Maranhão como um todo, falando de todas as suas vertentes e expressões.

Para movimentar o contexto musical do estado do Maranhão e da cidade de São Luís, o SOM NA CUCA agrega toda a massa universitária e também da sociedade em geral. É no seio das universidades de onde saíram grandes nomes da nossa cultura e em especial da nossa música, como Zeca Baleiro, Nosly Jr., Josias Sobrinho dentre outros.

O festival acontece entre os dias 02 e 03 de dezembro, no Circo Cultural Nelson Brito. As inscrições foram abertas no dia 15 de setembro e permanecem até 12 de novembro e podem ser feitas na sede do DCE ou no Departamento de Assuntos Culturais, na rua Grande.


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Hoje na Cinemateca

Reconstituição

Papudinho é um vendedor de picolés e ex traficante, que descobriu nas palavras da bíblia o caminho da superação das conseqüências geradas pelo mundo do tráfico.

Na prisão viveu 19 anos de solidão, rompida por uma única visita de Dragon Boy, um jovem que apesar de não ter sequer conhecido seu pai, teve uma trajetória, que segundo o rapaz era uma herança paterna. Ambos se conheceram no primeiro do último dia.

Reconstituição encontra-se entre as vinte obras que concorrem o Festival de Cinema Nós na Tela, que acontece na Cinemateca Brasileira,em São Paulo, entre os dias 20 e 21 de outubro.

A obra foi premiada pelo edital Nós na Tela 2009, doMinistério da Cultura e foi produzida por Gabriela Cativo, em Manaus

A diretora atua no programa AMACINE Futuros Cineastas e faz
parte Centro Universitário de Cultura e Arte, o CUCA Amazonas.

O filme será exibido hoje, na Cinemateca Brasieleira, em São Paulo.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

CULTURA UNE

O Espaço Cultura Urbana é uma iniciativa do Centro de Estudantes da Universidad Nacional de Tres de Febrero, e é mantido pelos estudantes de Gestão de Arte e Cultura. O espaço reúne artistas e produtores da universidade e da comunidade que desenvolvem trabalhos relacionados à cultura urbana e promove debate sobre cultura contemporânea.


O Espaço Cultura Urbana lançou neste mês de outubro o CUCA - Centro Universitario de Cultura y Arte. Com programação direcionada às crianças e jovens, o CUCA está presente em dois bairros de Buenos Aires, o Derqui e o Ejército de los Andes.

Hip-hop, graffiti, circo, teatro, estória e percussão são alguns ingredientes que temperam o caldo cultural do CUCA na Argentina. A organização luta para se consolidar como ponto de cultura e será um dos protagonistas da marcha do dia 1º de novembro pela criação do programa Pontos de Cultura.


A marcha

Produtores culturais da Argentina realizarão em 1º de novembro uma marcha pela criação do programa Pontos de Cultura no país.

Participam da campanha mais de 40 organizações que trabalham com arte, comunicação e cultura. Uma das metas desta rede é integrar-se com organizações da América Latina para promover iniciativas que tenham como princípio, a luta pela igualdade.

A proposta da lei se foca na necessidade de apoio técnico, legal e financeiro do estado às iniciativas culturais do país, dando conseqüência a aprovação do anteprojeto aprovado no Parlamento do Mercosul, que pretende regionalizar o programa Pontos de Cultura, criado no Brasil.


Parceira


Desde que despertou o interesse pela democratização dos bens culturais por parte de setores da cultura independente e até mesmo de agentes da Secretaria Nacional de Cultura da Presidência de la Nación, o equivalente ao MinC no Brasil, muitos ativistas da cultura argentina marcaram presença em eventos culturais no Brasil, como no Congresso Iberoamericano de Cultura, ocorrido em São Paulo e na Teia Fortaleza.

Recentemente, o Blog do CUCA divulgou a reunião preparatória para o ato de 1º de novembro dos articuladores da rede cultural argentina. Em breve entrevistaremos Emiliano Fuentes, um dos articuladores do movimento.

A TV CUCA fará a cobertura do evento, que apesar de acontecer apenas um dia depois da decisão presidencial no Brasil, terá a atenção dos parceiros do CUCA. Vale lembrar que a maioria do povo argentino torce pela continuidade das políticas recentes do Brasil, como a do próprio Ponto de Cultura. Recente pesquisa revelou que 51% do povo argentino torce para Dilma ser eleita no Brasil, enquanto José Serra amarga apenas 6% de popularidade. 42% disseram não ter opinião.

Qualquer semelhança entre o exército de viúvas do Carlos Menem e a do FHC não é mera coincidência.


Rafael Gomes

Contra boatos e factoides: DILMA no 2º turno!

A mais recente invenção da direita é tentar, neste 2º turno das eleições presidenciais, fincar a sua cunha eleitoreira e divisionista, por meio de boatos, na polêmica em torno do aborto, buscando transformar e resumir a complexa problemática nacional de um país ascendente, multiétnico, multicultural e multirreligioso como o Brasil numa pretensa questão religiosa. No fundo, é a mesma e inconfundível direita retrógrada que foi contra a criação da Petrobrás e a favor do golpe militar de 1964.
Passam-se os anos e mudam os nomes dos líderes da direita, mas não os métodos e as causas que ela defende, sempre marcadas pelo pensar pequeno dos interesses subalternos, imediatos e, sobretudo, antinacionais; continua sendo a mesma, também, a “mão peluda da direita mais conservadora, expondo suas garras, suas unhas sujas”, que o grande compositor Hermínio Bello de Carvalho, parceiro do inesquecível Cartola, viu na penúltima capa da revista Veja. Detalhe: Hermínio votou em Marina Silva no primeiro turno, mas não precisou esperar decisão desta candidata nem do PV para anunciar o seu voto em Dilma Roussef no segundo.
Mas, se a questão é mesmo o aborto, Dilma já deixou bastante claro, nos seus últimos pronunciamentos, que é contra e não vai alterar a legislação vigente a respeito. A direita vai ter que criar, às pressas, outra mentira em sua central de boatos, para desviar as atenções do projeto da Dilma: a continuidade de um governo que conseguiu conciliar crescimento da economia e desenvolvimento social com o controle da inflação, reduzindo a pobreza em mais de 40% e promovendo a ascensão de mais de 30 milhões de brasileiros à classe média, além de criar 14 universidades federais, interiorizando o ensino superior no país, e mais de 200 escolas técnicas. É por isto – e por muito mais, que nem caberia relatar aqui – que, segundo todas as pesquisas, inclusive do Ibope e da Datafolha, o governo Lula é considerado ótimo ou bom por 80% do povo, a esmagadora maioria da nação.
Portanto, que o eleitorado não se deixe confundir e enganar por boatos ou factoides, e vote na continuidade de um governo que já deu certo. COM LULA, A ESPERANÇA VENCEU O MEDO; COM DILMA, A VERDADE, MAIS UMA VEZ, VENCERÁ A MENTIRA.
DILMA no 2º turno!
Arthur Poerner
Escritor e jornalista

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Oficinas Preparatórias

O CUCA da UNE convida para abertura dos trabalhos das oficinas interativas e preparatórias para a realização de um grande espetáculo musical brasileiro sobre a história política, social e cultural do Brasil nos últimos 70 anos a partir da perspectiva dos estudantes e da juventude brasileira. Este projeto foi contemplado com o Prêmio Interações Estéticas - Residências Artísticas em Pontos de Cultura 2010 - categoria abrangência nacional.

Convidamos atores, artistas, performers, cenógrafos, músicos, bailarinos, agentes e fazedores culturais em geral, interessantes e interessados em compartilhar conosco este processo de criação, pesquisa e desenvolvimento de uma proposta teatral renovadora, de uma linguagem cênica mais próxima das características culturais do povo brasileiro.
A abertura dos trabalhos será nesta segunda-feira dia 04/10 às 19:00hs no Centro Cultural Laurinda Santos Lobo, à Rua Monte Alegre, 306 – Santa Tereza – Rio de Janeiro

Na ocasião apresentaremos maiores informações sobre o projeto e cronograma de trabalho.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

CARTA AO MEU AMIGO CÉLIO


Quando nasci, ganhei do meu avô Julinho, pessoa com quem convivi pouco, um verso que ele mesmo fizera. Não me recordo agora, mas acho que tenho guardado na casa da minha mãe. Meu avô, casado com uma japonesa linda, a Beninha, foi barbeiro a vida toda. Mas gostava mesmo é de tocar chorinho. As poucas vezes que fui a sua barbearia, em Mogi das Cruzes, ficava envolvida na leveza e no espírito comemorativo dele e dos amigos. Era um espaço pequeno, com azulejos em todas as paredes, uma cadeira no centro e um sofá vermelho, e tinham também umas banquetas de madeira para o grupo de choro. Lembro que meu avô dizia: por hoje chega de cortar cabelo! Vamos fazer uma festa para as minhas netas Vanessa e Alessandra... e ficava horas, eu ia embora e eles continuavam. Talvez essa barbearia seja o ponto de encontro mais antigo que minha memória reconheça.

No dia em que entrei para o CUCA da UNE e para o universo dos Pontos de Cultura meu avô morreu, mas coincidência mais bonita ainda estaria por vir... A barbearia do seu Julinho, no bairro de Xangai, essa mesma que tinha um dia da semana que não abria para cortar cabelo, porque era o dia do chorinho, os amigos chegavam, compravam cerveja numa padaria ao lado e celebravam a vida, essa barbearia não existe mais, não dessa forma. Pois bem... eis que surge em Brasília um secretário de chapéu e com seu jeitinho brasileiro percebe uma sabedoria vinda da fina lâmina de uma navalha com o doce som das cordas de um violão e possibilita que essa história seja reconhecida como um Ponto de Cultura.

Meu amigo, esse é um dos motivos por que voto no 6513 e essa é a parte que você não conhecia da minha relação com o Cultura Viva. Deixei pra contar num momento especial. Especial porque a sensação de participar da construção do movimento Brasil Vivo se traduz assim. Por trás dessa história existe uma idéia e as idéias podem ser à prova do tempo.

Um beijo

Vanessa Stropp

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Quem me dera agora eu tivesse um festival para cantar


Em uma crítica à indústria cultural, Chico Buarque e MPB4 interpretam "Roda Viva"
É curioso como quase 43 anos depois daquela noite de 30 de outubro de 1967, a final do III Festival da Record ainda repercute na cultura brasileira. O documentário “Uma noite em 67” de Renato Terra e Rodrigo Calil, investiga o que estava por trás da competição entre as seis músicas finalistas da competição, ocorrida no fervor da ditadura militar no país. Para Nelson Motta, crítico musical e jornalista entrevistado no filme, “é naquele momento que explode o tropicalismo, que racha a MPB, que Caetano e Gil se tornam ídolos instantâneos, que se confrontam as diversas correntes musicais e políticas da época”. Naquele momento, “Ponteio” (Edu Lobo), “Roda Viva” (Chico Buarque), “Domingo no Parque” (Gilberto Gil), “Alegria, alegria” (Caetano Veloso), “Maria, Carnaval e Cinzas” (Roberto Carlos) e “Beto Bom de Bola” (Sérgio Ricardo) representavam os embates políticos que eram travados na cena cultural, entre a juventude engajada, a liberação dos costumes e a despolitização acentuada com a consolidação da cultura de massas. Era música “jovem” e a música “brasileira”. A questão era: porque não uma “música jovem brasileira”?

De gola rolê e terno xadrez, Caetano comemora a "música jovem brasileira" cantando "Alegria Alegria"

Com um formato simples - entrevistas e imagens de arquivo - o documentário acerta ao ter uma proposta objetiva: retratar um acontecimento, dentro de seu contexto histórico. O diretor Ricardo Calil lembra o conselho de João Moreira Salles, produtor do filme pela Videofilmes : "se você quer fazer um filme sobre o correio, você faz o filme sobre uma carta". Graças à parceria com a Record Entrenimento, o filme traz cenas das entrevistas nos bastidores e as apresentações na íntegra e remasterizadas, transformando a sala de cinema no teatro Record daquela noite. É de se observar, no entanto, que apesar daquele festival envolver nomes como a apresentadora Cidinha Campos, a cantora Maria Medalha (intérprete junto a Edu Lobo na música vencedora "Ponteio"), Elis Regina e Nara Leão - que embora não tenham se apresentado naquela final foram importantes nomes da música brasileira-, nenhuma mulher é entrevistada no filme.


Edu Lobo e Maria Medalha comemoram o sucesso da música "Ponteio", em primeiro lugar no festival

O filme leva o espectador de volta a década de 1960, quando a Guerra Fria trazia o embate entre o modelo capitalista e o socialista e, acreditando-se próxima a um governo de esquerda, as bandeiras da juventude ganhavam ares de “revolução”. A chegada da ditadura militar em 64 foi um balde de água fria para os militantes que depositaram suas esperanças em ver o “povo” no poder. Por um lado, a repressão do governo fez calar aqueles que atrapalhavam os interesses do regime e, por outro, possibilitou a consolidação no país de uma indústria cultural nos moldes norte-americanos. Enquanto Roberto Carlos e a Jovem Guarda embalavam as tardes de domingo de grande parte da juventude daquela época, artistas considerados engajados, como Geraldo Vandré, Chico Buarque e Edu Lobo, intensificavam o processo de nacionalização e politização na chamada música popular. Porém, se alguns consideravam qualquer influência cultural estrangeira uma ameaça à resistência ao regime militas, os baianos mostraram no Rio de Janeiro que a sociedade poderia ser um pouco mais complexa, misturando berimbau com guitarras elétricas e propondo um estilo musical que deu novos rumos à música brasileira naquele momento.


No festival, Roberto Carlos deixa o estilo Jovem Guarda de lado e apresenta o samba "Maria, Carnaval e Cinzas"

Sem grandes pretensões de ser um marco “político, musical, histórico, transcendental”, segundo o diretor da Record Paulinho Machado de Carvalho, e tomar a proporção que tomou, os festivais tinham naquela época um papel semelhante ao da novela nos dias de hoje. Com a chegada da televisão no país, o conteúdo do rádio começava a migrar para o formato audiovisual e os festivais se tornaram importantes vitrines para músicos como Elis Regina, Jair Rodrigues, Tim Maia, Nara Leão, entre muitos outros. No filme, Paulinho Machado conta que sua preocupação era “fazer o festival dar certo, em termos de produção”, em meio a ânimos tão exaltados. Entre as pérolas do festival (e do filme), está a cena em que Sérgio Ricardo, revoltado com as vaias que o impediam de cantar, quebra o violão no palco e o atira na platéia, sendo desclassificado em seguida. Em entrevista nos bastidores, Roberto Carlos brinca: “Ponteio (música vencedora, que tinha como refrão "quem me dera agora eu tivesse uma viola pra cantar") foidesclassificado porque não tem mais viola pra cantar: O Sergio Ricardo quebrou”.


Sergio Ricardo se revolta contra as vaias da platéia e quebra o violão

As vaias tinham cadeira cativa nas apresentações. Para a jornalista Ana Paula Sousa, da Folha de São Paulo, era um Brasil que, “calado pela ditadura, parecia disposto a vaiar quem quer que fosse, de Roberto Carlos a Caetano Veloso”. As disputas políticas em torno da música popular brasileira eram refletidas no palco e principalmente na plateia organizada, que dava ares de final de Copa do Mundo à competição. A própria organização do festival e a seleção dos finalistas lembrava ringues de batalha entre “personagens”: Chico Buarque, o mocinho; Roberto Carlos, o galã; Edu Lobo, o politizado; Caetano e Gil, os baderneiros. Zuza Homem de Mello, técnico de som da Record no festival e consultor do filme, conta que “a plateia estava a fim de destruir as músicas de que não gostava, muitas vezes por razões políticas. Era um tipo de fanatismo que nunca tínhamos visto em um festival”.


A guitarra elétrica e o visual despojado de Gilberto Gil e os Mutantes em "Domingo no PArque" levam o segundo lugar no festival e sugerem novos rumos para a música popular brasileira

Nos dias de hoje, sem iminência da repressão militar e com novela de sobra na televisão, ouvimos muitas vezes o discurso de que “não se faz mais política e cultura como antigamente”. No entanto, com as possibilidades de produção e circulação cultural ampliadas pelas novas tecnologias, observa-se o contrário: uma enorme proliferação de artistas independentes, por vezes não menos qualificados, realizando seus trabalhos sem espaço na mídia comercial, que ainda mantém formatos semelhantes aos de quarenta anos atrás. É preciso atualizar também os conceitos de cultura e política para enxergar as novas formas de organização da juventude. Como propõe Gilberto Gil em entrevista no filme, é preciso “misturar as sementes para ver no que dá”.


Por Aline Carvalho




Publicado também em:

Revista História da Biblioteca Nacional

Portal da UNE

Tropicaline

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

CUCA realiza debate


O CUCA da UNE realiza no dia 17 de agosto, uma roda de conversa com o tema O Estado de Baixo para cima, a construção de políticas públicas.


Na mesa, os convidados Célio Turino, historiador e criador do Ponto de Cultura, um programa de política pública que está sendo implantado no Brasil e estudado por universidades de todo o mundo e José Renato de Campos Araújo, criador e coordenador do curso de Gestão de políticas públicas. É professor da EACH - Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP.

O objetivo do debate é contextualizar a cultura e a zona de aproximação existente entre as dimensões da universidade pública e da gestão pública, identificando o fator complementar existente entre os papéis desempenhados por cada uma destas estruturas. A política como mediadora da relação entre estas instituições e o desafio do empreendimento de uma nova cultura política.

A roda de conversa acontece dia 17, no audiotório vermelho da EACH, na USP Leste.

Inscreva-se

Para mais informações, fale com Eleonora - 11- 6672-9032 e Vanessa - 11-9958-7120

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

PIAdores no Cariri

participação de artistas de diversos estados brasileiros.

O Coletivo Camaradas realiza entre os dias 17 e 21 de agosto o encontro dos PIAdores no Cariri – “A Cidade Não Pára”. O objetivo é conceder mais força à formação de artistas e desenvolver vivências na cidade. Como público alvo estão focados os jovens das zonas periféricas de Crato. Por meio de uma programação ampla que perpassa intervenções urbanas, oficinas, debates, exibição de vídeos, shows e troca de acervos artísticos dos coletivos, os processos de fazer e pensar artísticos serão postos em cheque.

Para participar

As inscrições poderão ser realizadas no CCBNB e na PROEX da URCA, ou nas escolas públicas parceiras. O número de vagas por manifestações ofertadas é limitado.
Evento: encontro dos PIAdores no Cariri – “A Cidade Não Pára”
Data: 17 a 21 de agosto
Horário e local: ver programação



O que é o Encontro dos PIAdores no Cariri?

A Cidade não Para - Encontro dos Piadores no Cariri - O Coletivo Camaradas promove, dentro da programação do IV BNB Agosto das Artes, o 1º encontro do PIA (Programa de Interferência Ambiental) no Cariri. O PIA é uma plataforma de artistas contemporâneos que agrega integrantes de diferentes coletivos do Brasil. O Encontro constará de intervenções urbanas, vivências, oficinas, debates, exibição de vídeos, shows e troca de acervos artísticos dos coletivos.

Oficinas

PARADO EM MOVIMENTO

Ação-grafite-vídeo-pintura
Ministrante: Tales Bedeschi –MG
Vagas: 10
A oficina-ação que resgata o processo criativo do sul-africano Willian Kentridge e as ações do coletivo BLU. A proposta é resgatar personagens e condições de produção local para criação de um repertório imagético que vai dar origem a uma animação em stop-motion. A animação nada mais é que o registro fotográfico da formação de uma pintura em um painel, que, na verdade, será um muro da cidade.
Dias: 18 a 20 de agosto 2010.
Horário: 8h00m às 11h00m
Local: Teatro Raquel de Queiroz


INTERVENÇÃO/ OFICINA - AÇÃO DE CINEMA
Ministrantes: Renata Nascimento e Cauê Rocha – BA
Vagas:10
Ação de cinema é uma intervenção que converte espaços vários em local de exibição de filmes buscando resgatar a experiência coletiva de ir ao cinema como exercício coletivo de convivência, não apenas no ato de ver o filme, mas das conversas pós filme, da possibilidade de compartilhar histórias pessoais.
A oficina é parte preparatória para a Ação, em quatro dias os participantes vão experimentar o fazer cinematográfico de forma simples e objetiva produzindo um pequeno trailler da vida, e das histórias da comunidade ou local escolhido, segundo suas próprias perspectivas. No quarto e último dia será realizada a “Ação de Cinema” onde será apresentado algum curta metragem e o trailler produzido na oficina
Dias: 18 a 20 de agosto 2010.
Horário: 8h00m às 11h00m
Local: Teatro Raquel de Queiroz

PINTURA EM LENÇÓIS
Ministrantes: Kamila Souza e Angélica Gadelha – Fortaleza/CE
Vagas: 30
Utilizando meios de psicologia transpessoal na vivencia conjunta da prática da pintura como meio de facilitar a fluência de idéias, de palavras metamorfoseadas em meio as cores e as formas que para cada ser presente, para cada olhar, identifiquem suas formas de sentir e identificar o que há na cidade. O que há em termos de sentimento perante o espaço físico e nele introduzir o produto final: Os lençóis pintados.
Dias: 18 a 20 de agosto 2010.
Horário: 8h00m às 11h00m
Local: Teatro Raquel de Queiroz

STENCIL
Ministrante: Amanda Priscila – Crato/CE
Vagas: 15
A oficina visa discutir a possibilidade do fazer artístico no espaço urbano, através do stencil. Técnica de reprodução de imagens a partir do reaproveitamento de Radiografias, a qual poder ser utilizada em vários suportes com camisas e paredes.
Dias: 18 a 20 de agosto de 2010
Horário: 8h00mim às 11h00min
Local: Centro Cultural do Araripe

CRIPTOGRAFIA
Ministrante: Tatá Nascimento – SP
Vagas: 20
A criptografia trabalha com códigos ou linguagens para inventar maneiras diferentes de combinar códigos para gerar mensagens secretas. De forma lúdica Tatá Nascimento abordará nesta oficina possibilidades de se criar imagens a partir de combinações.
Dias: 18 a 20 de agosto 2010.
Horário: 8h00m às 11h00m
Local: Teatro Raquel de Queiroz

CADERNOS DE REGISTROS
Ministrante: Gabriela Monteiro – RJ
Vagas: 10
Na oficina Cadernos de Registro os participantes são convidados a criar seus próprios cadernos. Aprenderão uma das técnicas da encadernação tradicional para criar um instrumento que permitirá brincar com a memória, o mundo onde vivem e seus saberes. Além do aprendizado da técnica da encadernação os participantes serão convidados a fazer uso do caderno produzido como um instrumento de registro de suas realidades e sonhos, numa busca por despertar e desenvolver o processo criativo de cada um.
Dias: 18 a 20 de agosto 2010.
Horário: 8h00min às 11h00min
Local: Teatro Raquel de Queiroz

CORPOS D´ÁGUA (Nascente do Crato)
Ministrante: Floriana Brayner - SP
Vagas: 30
Os participantes serão convidados a imergir num processo de investigação-ação sobre os corpos d’água de sua região, ou seja nascentes, córregos e rios. Uma bússola mágica guiará o grupo, servindo de plataforma de lançamento de proposições e sistematização do processo. Dinâmicas de sensibilização e integração do grupo, aliados a estudos de campo e compartilhamento de repertório compõe o processo que culminará na criação de uma intervenção coletiva.
Dia: 18 de agosto de2010
Horário: 13h00min às 18h30min
Local: Balneário da Nascente

GRAFITE
Ministrante: Marlon Torres Crato/CE
Vagas: 15
A partir da reflexão da temática do Encontro “A cidade não pára”, os participantes se aproximarão desta técnica artística que utiliza as paredes das cidades como uma grande galeria aberta ao público.
Dias: 18 a 20 de agosto de 2010.
Horário: 14h00min às 16h30
Local: Centro Cultural do Araripe

Intervenções Urbanas
Dias: 17 a 21 de agosto de 2010.
Momentos inusitados poderão ocorrer na cidade Crato. Durante todos os dias estarão sendo realizadas intervenções urbanas individuais e coletivas, algumas como resultado das oficinas.

Mostra de Vídeos

A Praça Prefeitura do Crato receberá telão para exibição de vídeos e filmes dos coletivos ligados ao PIA e produções de artistas do Cariri.
Dias: 18 e 19 de agosto de 2010.
Horário: 20h00min
Local: Praça da Prefeitura

Seminário do CUCA Cariri
O seminário visa aglutinar acadêmicos e artistas para fortalecer o Centro Universitário de Cultura e Arte – CUCA Cariri e para preparação da caravana do Cariri à Bienal da UNE que pela primeira vez será no Ceará em de 2011.
Dia: 20 de agosto de 2010
Horário: 14h00min às 17h00
Local: Salão de Atos da URCA

Roda de conversa : Arte e Cidade
A cidade não Pára será o mote da roda de conversa que visa discutir o espaço urbano como possibilidade de reflexão estética e social, a partir das experiências dos artistas Tales Bedeshi – MG, Floryana Brayner – SP, Gabriela Monteiro RJ e Alexandre Lucas – CE
Dia: 20 de agosto de 2010.
Horário: 19h00 às 21h00
Local: Auditório do Centro Cultural do Banco do Nordeste

Grande Festa de Encerramento
Lançamento da Bienal da UNE no Cariri
Os artistas e grupos musicais ocuparam o bairro mais populoso e operário da cidade do Crato, o bairro Seminário para fazer uma grande festa popular com a alegria e a diversidade musical do nosso povo com a participação da Tambozada - Grupo de Cortejo Coletivo Camaradas, Grupo de Dança do Projeto Nova Vida,Grupo de Hip Hop Superação, MC Albeniso, Quarto Estágio, Fatinha Gomes, Liberdade e Raiz.

Casa Atelier
Casa localizada na Rua Cel. Luiz Teixeira, 1208 – Centro –Crato, que servirá para alojar os artistas e será um dos espaços para vivências e troca de experiências estética/artísticas durante o Encontro.

Realização:
Coletivo Camaradas/PIA
Acesso Grátis:
www.coletivocamaradas.blogspot.com
www.piabrasil.wordpress.com
Mais informações
Alexandre Lucas (88)99772082
coletivocamaradas@gmail.com

Parcerias:
CCBNB
Secretaria de Esporte e Juventude de Juazeiro do Norte
Secrataria da Cultura, Esporte e Juventude do Crato
SESC
Sociedade de Cultura Artistica doCrato
PROEX/URCA
Sociedade Cariri das Artes
Companhia Cearense de Teatro Brincante
Projeto Nova Vida
CUCA Carirri
CUCA da UNE

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Sites com obras gratuitas

A internet colocou ao alcance dos dedos de 54 milhões de brasileiros acervos preciosos que estavam restritos a baús de parentes, arquivos de empresas, bibliotecas de instituições ou a gavetas do Estado. Na última década, movidas por vários interesses, entre eles a democratização do conhecimento, entidades públicas e privadas digitalizaram seus patrimônios culturais e permitiram ao público acesso a documentos, fotografias, músicas, livros e filmes de forma segura (para o internauta) e dentro da lei, respeitando os direitos autorais de seus autores.
Bens históricos ou pitorescos estão nessas prateleiras virtuais. É o caso das imagens do Brasil de 1800 capturadas pela lente do fotógrafo Marc Ferrez, cuja obra faz parte do acervo do Instituto Moreira Salles (IMS), guardião de mais de 600 mil imagens fotográficas, 5 mil delas já disponibilizadas na rede mundial de computadores. Ou das fichas, antes secretas, da época da ditadura sobre as supostas atividades subversivas do cineasta Glauber Rocha, um dos ícones do Cinema Novo, morto em 1981.

A digitalização de acervos é um dos principais instrumentos para que o acesso democrático à informação de fato ocorra. No entanto, a Lei de Direitos Autorais (nº 9.610/98) vai na contramão desse movimento. O site tempoglauber.com.br, comandado pela mãe do cineasta, dona Lúcia Rocha, de 92 anos, oferece uma série de informações, como a biografia, a filmografia, contextualizadas historicamente, além de documentos, fotos e anotações íntimas. Mas, devido à atual lei autoral, evita disponibilizar filmes dele na internet. Por isso, quem quiser assistir aos premiados Deus e o diabo na terra do sol ou Terra em transe, precisa ir à sede da instituição, um casarão antigo que fica em Botafogo, bairro carioca onde viveu e morreu Glauber, aos 42 anos.
Mas há sites de fácil acesso a obras livres da cobrança de direitos autorais, como o dominiopublico.gov.br, vinculado ao Ministério da Cultura. São mais de 130 mil opções, como toda a obra de Machado de Assis.

“A população está diante de uma imensa estante de livros. Estamos realmente caminhando bem em relação à digitalização de acervos. Mas isso faz o povo ser mais instruído? Não!”, argumenta o professor Gilberto Lacerda Santos, especialista em tecnologia na educação da Universidade de Brasília (UnB), para quem falta à população saber buscar e utilizar a informação de forma pertinente.

De acordo com ele, a democratização do acesso só ocorrerá depois que o país tiver leitores qualificados e conscientes. Para isso, o especialista aponta a escola como fator fundamental nessa inclusão. “Só com uma escola de qualidade teremos informação transformada em conhecimento”, destaca.

O perfil do usuário da rede mundial de computadores reforça a análise feita por Gilberto Santos. Revelando a disparidade entre aqueles que têm acesso ao mundo digital e seus excluídos, pesquisas apontam que mais da metade da população brasileira (60%) nunca surfou na net. Somente 17% das classes D e E tiveram acesso a um computador nos últimos três meses, segundo dados da mais recente Pesquisa TIC Domicílios, feita pelo Centro de Estudos sobre Tecnologia da Informação e Comunicação (Cetic). Dados que contrastam com o número de internautas das classes A e B com acesso à rede mundial de computadores: quase 70%.
Responsável pelo Mapa da Inclusão Digital de 2009, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), a pesquisadora Anaísa Gaspar admite que ainda há muito a fazer. “Colocamos o Brasil científico na rede, mas falta atingir a parcela da população que
está à margem desse processo”, diz.

De acordo com o levantamento, há apenas 21 mil pontos de inclusão digital (em escolas, por exemplo) em todo o país. “É muito pouco”, reconhece. E para evitar que as mudanças de governo prejudiquem o avanço dos projetos, ela sugere que órgãos e programas públicos trabalhem ao lado da iniciativa privada. É o caso do projeto Curta na Escola, braço social do site Porta Curtas.
O projeto fornece 270 curtas-metragens considerados de conteúdo pedagógico a 19 mil escolas cadastradas no site portacurtas.com.br, que é de iniciativa privada, mas tem patrocínio da Petrobras. Em apenas dois anos, esses filmes foram vistos on-line por mais de 10 milhões de alunos em salas de aula, fortalecendo o material didático de milhares de professores da rede pública de ensino e permitindo que esses jovens de norte a sul do país conheçam um pouco da sétima arte. O site tem mais de 8 mil filmes cadastrados.

Mudanças à vista
Os direitos autorais protegem as criações intelectuais, expressas por quaisquer meios e em quaisquer suportes. Estão nesse contexto obras literárias, artísticas e científicas. Entre os beneficiados pelos direitos autorais estão compositores, músicos, escritores, tradutores, cineastas, arquitetos, escultores, pintores, e outros.
Há dois anos, o Ministério da Cultura vem tentando elaborar um texto novo visando atualizar a lei que trata dos direitos autorais (nº 9.610/98). O texto está disponível para consulta e crítica públicas. Dentre as regras que podem sofrer alteração há desde a descriminalização da xerox de livros até a possibilidade de acervos públicos poderem disponibilizar obras para fins educacionais. Artistas contrários à mudança da lei avaliam que os artigos propostos pelo governo flexibilizam demais os direitos, colocando em risco a sobrevivência de quem vive apenas dos direitos de sua obra – caso, por exemplo, de compositores que não fazem shows.


Sites que divulgam seus acervos


www.tempoglauber.com.br
» Foi chamado de tempo e não templo em uma homenagem à obra do cineasta, que seria imune a ele. Lá estão a biografia, a filmografia, contextualizadas historicamente, além de documentos, fotos e anotações íntimas.

www.ims.com.br

» Hospedado no Uol, o site dos Instituto Moreira Salles agrada principalmente quem se interessa por fotografias (há 5 mil imagens digitalizadas) e literatura.

www.portacurtas.com.br

» Site com mais de 8 mil curtas-metragens.

www.dominiopublico.gov.br

» São mais de 130 mil obras — em som, imagem, texto e vídeo — livres de direitos autorais. Entre eles, toda a obra de Machado de Assis.

prossiga.ibict.br/bibliotecas/

» Lá você acessa os repositórios digitais de várias universidades públicas do país e bibliotecas virtuais sobre diversos temas, entre eles artes cênicas e literatura.

aplauso.imprensaoficial.com.br

» Somente da coleção Aplauso, são 174 obras, entre biografias, roteiros e histórias da TV brasileira. Outros livros também estão disponíveis no acervo digital da editora, como Retratos da Leitura, livro que reúne dados e artigos sobre os hábitos de leitura do brasileiro, coordenado pelo jornalista Galeno Amorim.

Confira o anteprojeto da nova Lei do Direito autoral no site: www.cultura.gov.br/consultadireitoautoral
Para enviar propostas, o e-mail é: direitoautoral@planalto.gov.br

Publicado originalmente no Correio Braziliense Online, por
Regina Bandeira
(30/7/2010)