sábado, 11 de abril de 2009

CUCA SANTA!

O domingo de encerramento do Festival se deu em grande estilo, tendo como local o Parque Itaimbé. A unidade da diversidade marcou as atrações do Nossas Expresões. Estilos variados de expressão - punk, blues, música clássica, reggae, grunge, teatro, percussão, hip hop,dança árabe, dança de rua - pisram o mesmo palco, atraindo tribos e galeras diferentes que coexistiram o mesmo lugar sem qualquer atrito registrado. "Não precisamos de policiamento" comentou Andressa, estudante de Artes Visuais e uma das organizadoras do Festival e do CUCA da UFSM. "A galera coexistiu numa boa, respeitou o tempo de apresentação e possibilitou um espetáculo de diversidade", comemora.

O clima dos organizadores ao final do evento era mesmo de entusiasmo e euforia, apesar de muito cansaço. "Dormimos muito pouco nos últimos dias, mas valeu a pena. O que a gente construiu no Nossas Expressões pretendemos dar continuidade com o CUCA. A ideia é de colocar lado a lado expressões artísticas acadêmicas e não-acadêmicas, para criar juntos mecanismos de fortalecimento da produção da cultura local" ressalta Matias Rempel, estudante de História e organizador do evento. Para se increver no Festival, havia uma exigência de que houvesse pelo menos 70% de produções de autoria própria. "Queríamos dar evidências às produções locais mesmo, e não estimular covers de sucessos comerciais" explica Mary Kauffmann, estudante de Engenharia Florestal e uma das coordenadoras do DCE.

Um dos pontos altos do Festival foi a visita na UFSM de índios guarani e kaingáng. Além de proporcionarem um espetáculo de dança indígena, as tribos participaram de um grupo de discussão sobre a cultura indígena, dentro da discussão sobre as cotas sociais, que proporcionam cinco vagas para índios. "A presença massiva de indígenas no campus foi um choque para muitos estudantes. Um choque positivo, que serviu para mostrar que a raça indígena, assim como a negra, estão sub-representadas na Universidade", ressalta Luciele Fagundes, estudante de geografia e integrante do DCE.

EU CAIO NA REDE
Regado a vinho, cuca italiana, risos e debates, rolou a inauguração do Centro Universitário de Cultura e Arte da UNE na UFSM. O espaço destinado ao CUCA fica na Casa do Estudante Universitário I, na Rua Prof. Braga, mesmo espaço onde ocorre a já tradicional boate do DCE. O evento de inauguração aconteceu no sábado, dia 28 de março, e contou com a presença de Alemão Naumild, um dos responsáveis pela realização do CUCA no RS. Naumild apresentou o CUCA, contou um pouco de sua história, e de seus propósitos. "É um marco a gente estar inaugurando um CUCA aqui numa Casa de Estudante, pois a história da UNE se confunde com a história das casas de estudante", ressalta Alemão. "Acho que Santa Maria tem muito a contribuir com o CUCA, e o CUCA tem muito a contribuir com Santa Maria. Acho que o XIX Nossas Expressões teve muito do espírito do CUCA, que é articular expressões culturais de dentro e de fora da universidade, procurando promover a cultura popular, que está sempre na luta por espaço", avalia Naumild, que fez questão de ficar para conhecer a boate do DCE e para o evento de encerramento do Festival, que ocorreria domingo. "Vamos conhecer a festa dos estudantes daqui", sorri Alemão.

A coordenação do CUCA na UFSM fica a cargo das estudantes de Artes Visuais Andressa e Andressa Crossetti, e do estudante de história Matias Rempel. "Queremos ampliar essa energia que rolou no Festival e articular com os outros CUCAs do país", resume Andressa Crossetti.


Sucesso e vida longa ao CUCA Santa Maria!

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