sexta-feira, 31 de julho de 2009

Dia da Libertação do Indígena do Brasil

As barreiras à escravização dos índios datam do início da colonização, 1530, mas o cativeiro indígena foi mais tenazmente combatido somente com a chegada dos jesuítas, em 1549, e a implantação do processo de aldeamento. Neste combate, os jesuítas contaram com o apoio da Coroa. O Padre Antônio Vieira foi figura essencial para a implantação da lei de libertação dos indígenas. Em 31 de julho de 1609, os indígenas do Brasil são libertados.

Na caravela em que não embarcara Vieira, haviam chegado antes dele ao Maranhão não apenas os padres dos quais ele seria o provincial, mas também um novo capitão-mor que trazia carta do rei alforriando todos os índios da província. Por falta de escravos negros, eram os índios os escravizados para os trabalho nas fazendas e na cidade. Aguardou-se a chegada de Vieira para a publicação da lei. O povo afluiu à Câmara em protesto. A libertação dos índios causaria a perda econômica que seria fatal para a província. Atribuíram aos jesuítas haverem conseguido aquela lei dada pelo monarca e se indignaram contra os padres, clamando expulsão e mesmo morte, para Vieira e seus companheiros.

Vieira habilmente encontrou a solução que apaziguou momentaneamente os ânimos. Propôs que aqueles índios que eram legalmente escravos fossem assim mantidos, mas aqueles mantidos ilegalmente em cativeiro fossem daí por diante pagos como trabalhadores livres. Como os colonos não tinham propósito algum de pagar, aceitaram satisfeitos a solução e voltaram com seus índios para suas fazendas, onde a situação dos silvícolas continuou a mesma.

A questão dos índios não chegava por nenhum dos lados a solução aceitável: nem os colonos desistiam do sistema de escravidão que tinham instituído; nem os jesuítas deixavam o propósito de lhes subtrair, ou pelo menos limitar, o domínio sobre os silvícolas cristianizados.

Achando-se os jesuítas acuados e limitados pelo poder dos fazendeiros, Vieira decidiu com seus companheiros que iria a Portugal tratar as questões com o rei. Em sua breve visita a Portugal,de 1654 a 1655, ele obteve decretos protegendo os índios da escravidão e um monopólio para os jesuítas na proteção dos índios.

Fonte: IBGE ; Cobra pages; portal São Francisco

quinta-feira, 30 de julho de 2009

oito meses de terror

Israel lançou uma operação militar de três semanas em Gaza, em dezembro de 2008. Passado meio ano, a população de Gaza ainda sente as consequências daquele ataque. As casas continuam destruídas, e o acesso aos serviços públicos, tais como hospitais e abastecimento de água, é limitado. A maioria das pessoas em Gaza sente o impacto do rigoroso fechamento de Israel, pelo qual já vem passando há mais de dois anos. À medida que toda a sociedade fica cada vez mais empobrecida, algumas pessoas estão recorrendo mais a carroças puxadas por burros e a bicicletas.

Um grande número de crianças em Gaza sofre de anemia, principalmente por causa da deficiência de ferro. Yehia Alhassani, que está sendo tratado em um hospital na cidade de Khan Yunis, é uma delas. Sua mãe não pode amamentar porque seu leite secou durante a guerra, em dezembro de 2008 e janeiro de 2009, e sua família não tem dinheiro para comprar o preparado de leite próprio para bebês, a fim de mantê-lo bem alimentado e em boa saúde.

Meriam, de 45 anos, passa a maior parte do dia na cozinha. Ela tenta dar uma comida boa e nutritiva para seus filhos, mas quase não tem dinheiro para comprá-la. Com meio dólar por dia para viver, por pessoa, cerca de 40% da população de Gaza é muito pobre. O restante 30% é pobre, e vive com um dólar por dia, por pessoa.
Muitas famílias só conseguem seguir adiante fazendo empréstimos ou vendendo seus bens pessoais, tais como joias, e bens essenciais para a sobrevivência, como tratores, burros ou carros que usaram como táxis.


Em Gaza, a vida diária é uma luta contra a pobreza, a destituição e a incerteza sobre o que o futuro vai trazer. Além disso, por mais de dois anos os moradores vêm precisando se adaptar ao rigoroso fechamento israelense. Isto significa que muitos bens e materiais não têm permissão para entrar em Gaza.
A destruição trazida pela operação israelense em Gaza no inverno passado agravou as dificuldades da população. Ezbet Abd Rabo e Khalil Abu Khader e sua esposa estão limpando o telhado destruído do que foi sua casa. Khader é um dos milhares de moradores de Gaza que não podem reconstruir suas casas porque não é permitido o ingresso de materiais de construção na área.

Pescadores de Gaza não podem mais pescar em mar aberto. A marinha israelense reduziu o acesso deles a três milhas náuticas, o que não é suficiente para pescar muitos peixes de tamanho razoável.
As embarcações israelenses às vezes lançam tiros de advertência na direção dos pescadores de Gaza quando eles se aventuram no mar. Eles também se arriscam a ter seus barcos e redes confiscados pela marinha.

Salama Abu Medain, de 65 anos, está usando os velhos instrumentos agrícolas de seu pai para limpar sua terra, que foi destruída durante a operação militar israelense. Abu Medain precisa sustentar uma grande família, formada por 17 pessoas, da que consegue com a fazenda.


Com frequência, as crianças em Gaza têm a tarefa de fornecer água limpa para suas famílias.
Muitas famílias sofrem há muitos anos com a falta de água limpa. As redes de água, danificadas durante a operação militar, foram consertadas. Mesmo assim, tendo em vista a falta de peças de reposição, o sistema de água e saneamento é muito frágil e poderia entrar em colapso.

Uma mulher ferida durante o conflito recebe assistência da equipe médica no hospital Al Shifa, na Cidade de Gaza. Ela está entre as cerca de 120 a 150 pessoas que perderam um ou vários membros durante a guerra e que agora esperam para receber membros artificiais.
O Centro de Membros Artificiais e Polio, apoiado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha na Cidade de Gaza, ajudará muitos amputados a andarem de novo. No entanto, a importação de materiais e componentes ainda é um processo difícil e longo.


Rajeh é um palestino desempregado que vive no Sul de Gaza. Ele recolhe lenha para sua mulher, que a utiliza nos trabalhos domésticos do dia-a-dia. Rajeh não tem dinheiro para comprar gás de cozinha, mesmo se houver gás à disposição no mercado.



fonte
Cruz Vermelha Internacional



Programa Mínimo de Ação


1 - Fim Radical e Absoluto das Torturas. Denunciar as torturas e contra elas protestar, por todos os meios possíveis. Denunciar à execração pública os torturadores e lutar pela sua responsabilização criminal. Investigar e denunciar publicamente a existência de organismos, repartições, aparelhos e instrumentos de tortura e lutar pela sua erradicação total e absoluta.

2 – Libertação dos Presos Políticos e Volta dos Cassados, Aposentados, Banidos, Exilados e Perseguidos Políticos. Levantar a identidade, a localização e a situação de todos os presos, cassados, banidos, aposentados, exilados e perseguidos políticos. Lutar pela sua libertação, pela sua volta ao País e pela retomada de sua existência civil, profissional e política.

3 – Elucidação da Situação dos Desaparecidos. Apoiar a luta dos familiares e demais setores interessados na elucidação do paradeiro dos cidadãos que se encontram desaparecidos por motivação política.

4 – Reconquista do Habeas Corpus. Lutar pela reintrodução do habeas corpus para todos os presos políticos; denunciar todas as tentativas de anulação ou obstrução desse direito e contra elas protestar por todos os meios.

5 – Fim do Tratamento Arbitrário e Desumano contra os Presos Políticos. Investigar as condições a que estão submetidos todos os presos políticos. Denunciar as arbitrariedades que contra eles se cometem e manifestar, por todos os meios, o seu protesto e o seu repúdio. Exigir a liberalização da legislação carcerária. Lutar contra a incomunicabilidade dos presos políticos.

6 – Revogação da Lei de Segurança Nacional e Fim da Repressão e das Normas Punitivas contra a Atividade Política. Lutar, por meios jurídicos e políticos, contra todas as normas coercivas e punitivas, excepcionais ou não, que impeçam o livre exercício do direito de palavra, reunião, associação, manifestação e atuação política partidária. Denunciar contra elas e manifestar seu protesto e seu repúdio à todas as formas de repressão, legais ou não, que visem a intimidar, ameaçar, coibir, ou punir os que pretendem exercer aqueles direitos. Lutar pela revogação da Lei de Segurança Nacional.

7 – Apoio às Lutas pelas Liberdades Democráticas. Apoiar os pronunciamentos, as manifestações, as campanhas e as lutas de outros setores sociais, organismos e entidades, que colimem os mesmos fins expostos nesta Carta de Princípios e neste Programa Mínimo de Ação. Apoiar as lutas dos familiares dos presos, cassados, aposentados, banidos, exilados e perseguidos políticos pela sua imediata libertação ou volta, pela recuperação da memória de suas existências, pelo repúdio às torturas e ao tratamento carcerário arbitrário e desumano de que foram, são ou venham a ser vítimas. Apoiar as lutas dos sindicatos operários, dos sindicatos e das associações profissionais de assalariados e de trabalhadores em geral contra a exploração econômica e a dominação política a que estão submetidos, pela liberdade e pela autonomia sindicais, pelo direito à livre organização nos locais de trabalho, pelo direito de reunião, associação, manifestação e greve. Apoiar as lutas contra todas as formas de censura e cerceamento à Imprensa, ao Teatro, ao Cinema, à Música, às expressões artísticas, à produção e à divulgação da Cultura e da Ciência, em defesa da ampla liberdade de informar-se e de ser informado, de manifestar o pensamento, as opiniões e as reivindicações, de adquirir e utilizar o conhecimento. Apoiar as lutas dos estudantes por melhores condições de ensino, pelo direito de se manifestarem e pela liberdade de criarem e conduzirem as suas entidades representativas. Apoiar as lutas de todo o povo por melhores condições de vida e de trabalho, por melhores salários, contra o aumento do custo de vida, por melhores condições de alimentação, habitação, transporte, educação e saúde. Apoiar a atuação dos partidos e dos parlamentares que endossem essas mesmas lutas. E denunciar e repudiar todas as tentativas de impedir, distorcer, obstruir, descaracterizar e sufocar as lutas do CBA/SP (Comitê Brasileiro pela Anistia) e dos demais setores, organismos e entidades que se identifiquem com os princípios e objetivos aqui proclamados.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Encontro dos Pontos de Cultura da Capital Paulista

A comissão pretende entre os dias 28 e 30 de agosto reunir os Pontos de Cultura da Capital para proporcionar debates, oficinas e mostras artísticas.


A Fundação Nacional das Artes fica localizada na Alameda Nothmann,1058, Santa Cecília, São Paulo.


Informações podem ser obtidas pelo e-mail: reductio.ad.ethos@gmail.com veridiana@polis.org.br



Estado e Sociedade, Por Felipe Redó

O fato de receber verba pública tem menos a ver com “atrelamento ao governo” e diz muito mais sob o novo momento político e conjuntural que estamos vivendo, o qual os movimentos sociais deixam de ser apenas avesos ao governo para se tornarem mais propositivos nos rumos e construção de Brasil. A proposta de Reforma Universitária referendada em nosso último congresso, a qual teve a participação e ouvidos do Presidente Lula, são um bom exemplo do nosso novo protagonismo juvenil.

A UNE não recebeu verba somente desse governo, mas, em seus 72 anos a serviço do Brasil e de uma república democrática, dialogou com outros presidentes como o então Presidente João Goulart, quando realizou se a Caravana da UNE Volante, e o Presidente Getúlio Vargas, que em campanha da UNE pela entrada do Brasil na II Guerra Mundial contra o Eixo Nazi Fascista, doa a essa entidade estudantil sua sede que funcionará no endereço da Praia do Flamengo, nº132.

O fato do estudante e recém eleito Presidente da UNE no ultimo dia 19, Augusto Chagas, ser adjetivado como “estudante profissional” em matéria vinculada é desrespeitosa e superficial. Não há parâmetros para julgar o tempo de permanência de um estudante na universidade senão pelo seu desenvolvimento acadêmico, enriquecimento cultural e capital humano acumulado durante sua permanência.

No contexto da ordem mundial estabelecida hoje, onde tudo se dá na relação tempo x custo x benefício, resta nos pouco tempo durante nossa vida acadêmica para se pensar as formas organização e reivindicação coletivas, e onde participar do movimento estudantil é mais uma dimensão desse importante ambiente universitário.

Por fim não acredito na imparcialidade do jornalismo. Embora não convém a parcialidade como o assunto foi tratado nessa matéria, o que é bem diferente. Portanto, a quem interessa mostrar apenas uma interpretação dos acontecimentos?

Os motivos deixarei para cada um pensar. Mas as conseqüências poderia já pesar como o descrédito nas organizações coletivas e nossas instituições de representação como os movimentos sociais, a volta de opiniões e atitudes conservadoras em nosso País e a desconfiança mútua, a qual restaria pouco espaço para o pensar e o fazer estético e ético de nossas idéias e ideais – marcas indeléveis do movimento estudantil de ontem e de hoje também.

Rio de Janeiro, 23 de Julho de 2009.

-- Fellipe Redó CUCA da UNE/RJ

quinta-feira, 23 de julho de 2009

ANPG, UBES e UNE têm participação ativa na 61ª Reunião Anual da SBPC

A Associação Nacional de Pós-Graduandos participou ativamente das atividades da 61ª Reunião Anual da SBPC. Através da atuação de 3 diretores – Luisa Barbosa, Elisangela Lizardo e Fabio Plut; do presidente da ANPG, Hugo Valadares; e da comissão Pró-APG da UFAM, a ANPG, entidade representativa dos pós-graduandos brasileiros, teve participação destacada desde a abertura até a plenária final da Reunião.

Além da ANPG participaram também a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), a União Estadual dos Estudantes do Amazonas (UEE-AM) – representando também a União Nacional dos Estudantes (UNE), e diversas entidades municipais secundaristas, grêmios estudantis, Centros Acadêmicos e Diretórios Centrais dos Estudantes.

Abertura

Na abertura oficial da 61ª Reunião Anual da SBPC – que ocorreu na praça central da cidade de Manaus, ao lado do imponente Teatro Municipal – entre as falas do presidente da SBPC, do governador do Estado do Amazonas, do Ministro de Ciência e Tecnologia do governo federal e de outras importantes personalidades políticas, os presidentes da ANPG, UBES e UEE-AM destacaram a importância do evento e as pautas reivindicativas das entidades.

O primeiro a falar foi Ismael Cardoso, presidente da UBES. Ismael destacou a importância do investimento em pesquisa, ciência e tecnologia nas escolas, a importância das feiras e laboratórios de ciência e do investimento nos jovens cientistas. Ismael também se manifestou contrário aos cortes no orçamento do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) e do Ministério da Educação (MEC) e convidou todos os presentes para a I Feira de Ciência da UBES, que acontecerá junto ao 12º Conselho Nacional de Entidades Gerais na cidade do Rio de Janeiro de 5 a 7 de setembro.

Após a fala da UBES, foi a vez da União Estadual dos Estudantes do Amazonas que também representava a UNE. Maria das Neves, presidente da UEE, destacou a importância do principal evento científico do país acontecer no estado do Amazonas, no coração da floresta. Maria defendeu o massivo investimento em pesquisa no estado, a valorização da diversidade da floresta amazônica e a ocupação da floresta a partir da ciência.

A última fala foi de Hugo Valadares, presidente da ANPG, que destacou as pautas políticas da entidade, aprovadas no 37º Conselho Nacional de Associações de Pós-Graduandos (CONAP). Hugo também se manifestou contra os cortes no MCT e no MEC, destacou a importância do reajuste das bolsas de mestrado e doutorado e da aprovação do PL dos Pós-Graduandos. No final, conclamou todos os pós-graduandos presentes a participarem das atividades da ANPG na Reunião da SBPC e da Caravana pelo PL dos Pós-Graduandos que acontecerá em Brasília, no próximo mês de setembro.

Na abertura, as entidades estudantis também distribuíram o folder das entidades – com parte da programação da Reunião Anual da SBPC e com destaque às atividades propostas pelas mesmas; o leque da ANPG – com apresentação da entidade e a pauta reivindicativa aprovada no CONAP; e o panfleto da UBES – convidando os pesquisadores secundaristas a participarem da I Feira de Ciência da UBES.

Conferência Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Nacional

As entidades também participaram da Conferência com o Ministro Sérgio Machado Rezende, do MCT, sobre Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Nacional. A conferência destacou os números da pós-graduação brasileira hoje, o aumento das bolsas da Capes e do CNPq, a descentralização do investimento em pesquisa, os dados sobre inovação e a ainda concentração dos programas de pesquisa no Brasil, focalizados na região sudeste, com destaque para a cidade de São Paulo que detém cerca de 700 programas.

Nessa conferencia a ANPG destacou a importância do maior investimento em pesquisa e enfatizou a necessidade de investirmos nos pós-graduandos, a partir do aumento das bolsas. A entidade também questionou sobre os impactos do corte no orçamento do MCT ao Plano Nacional de Pós-Graduação 2005-2010(PNPG).

Abertura do XIV ENAPET

Com o tema “PET: Amazônia, Sociobiodiversidade, Tecnologia e Estatuinte”, o XVI ENAPET reuniu centenas de pesquisadores de todo país.

Hugo Valadares, presidente da ANPG, também participou da abertura do Encontro Nacional dos Grupos PET (ENAPET) e destacou a importância desse encontro para o desenvolvimento da pesquisa no Brasil. Hugo, que já foi representante discente dos grupos PET, ressaltou em sua fala o quanto sua passagem na representação dos grupos PET foi importante para sua formação política e social, bem como sua militância na ANPG.

GT: Políticas Educacionais de Pós-graduação, graduação, Ensino Médio e Fundamental

A ANPG, UBES e UEE-AM também participou do GT de educação intitulado: Políticas Educacionais de Pós-graduação, graduação, Ensino Médio e Fundamental.

O GT debateu dados da educação em todos os níveis do país, ressaltou a importância da erradicação do analfabetismo e elaborou uma moção a favor do progressivo desenvolvimento educacional e contra a obrigatoriedade do ensino religioso nas escolas.

Mesa: Ciência e Educação: O papel da Universidade na Construção do Desenvolvimento Nacional

Nessa mesa de debates que ocorreu no principal auditório da UFAM – auditório Rio Solimões, foi aprofundado o debate sobre a graduação e pós-graduação brasileira, tendo ressaltado a questão do mestrado profissional e da portaria n. 7, aprovada no último mês de junho.

A mesa, proposta e mediada pela ANPG, contou com a participação da professora Marilene Correa da S. Freitas, reitora da Universidade Estadual do Amazonas (UEA) e o professor Lívio Amaral da CAPES.

A professora Marilene destacou a ossificação da UEA em todo o estado do Amazonas e sua progressiva ampliação. A professora salientou que é fundamental as universidades terem autonomia para ampliar seus cursos e campus e que essa ação deve ser desenvolvida com pioneirismo.

O professor Lívio Amaral traçou um detalhado quadro sobre o papel da Capes como agência de fomento, o papel central do portal da Capes e da sua sessão de periódicos, divulgando a pesquisa no Brasil e também sobre a recém aprovada portaria n. 7, sobre o mestrado profissional.

Luisa Barbosa, diretora de comunicação da ANPG, ressaltou algumas opiniões sobre essa modalidade de mestrado que, a partir da portaria n 7, passa a ter o mesmo status do mestrado acadêmico. Luisa enfatizou que “a partir da aprovação da portaria, é fundamental que o mestrado profissional tenha os mesmos critérios de avaliação do mestrado acadêmico”. A diretora ainda salientou que “o corpo docente que ministrará aulas para os alunos do mestrado profissional deve ter um percentual elevado de doutores, garantindo assim a qualidade do ensino e absorção qualificada desses profissionais no mercado de trabalho”.

Conferência: Amazônia, ciência e cultura:

Cientistas, professores, estudantes e autoridades políticas e acadêmicas prestigiaram o debate ''Amazônia: Ciência e Cultura'', que reuniu personalidades como o célebre poeta amazonense Thiago de Mello; o presidente de honra da SBPC e coordenador do projeto Museu da Amazônia Ennio Candotti; o deputado estadual licenciado e atual secretário da Produção Rural do governo do Amazonas Eron Bezerra, e o presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos Hugo Valadares.
Coordenada pelo historiador Augusto Buonicore a mesa – promovida pela Fundação Maurício Grabois com o apoio da Associação Nacional de Pós-Graduandos – fez parte da programação oficial da 61º SBPC. A ocasião serviu também de palco para o lançamento das duas últimas edições da revista Princípios (nºs 100 e 101) e para a apresentação da nova diretoria estadual da Fundação Maurício Grabois.

Encontro - CIÊNCIA EM MOVIMENTO: EM DEFESA DOS DIREITOS DOS PÓS-GRADUANDOS

Nesse encontro proposto pela ANPG, participaram como debatedoras a professora Selma, pró-reitora de pesquisa da UFAM e Luisa Barbosa, diretora da ANPG.

Luisa fez um balanço sobre os direitos conquistados dos pós-graduandos, destacou a importância da luta política para a efetivação de direitos e da organização de APGs em cada instituição de ensino.

A professora Selma levantou dados sobre os direitos dos pós-graduandos no Amazonas: meio passe para todos os pós-graduandos, a bolsa da FAPEAM com valor acima das bolsas Capes e CNPq e a ampla assistência estudantil.
O encontro contou também com a participação ativa da Comissão Pró APG da UFAM.

Assembléia da SBPC


Na Assembléia da SBPC, foi empossada a nova diretoria da entidade, levantado o balanço político e financeiro da gestão bem como os desafios da próxima diretoria.
O presidente da SBPC, Marco Antonio Raupp, ressaltou a importância da parceria entre a ANPG e a SBPC e parabenizou a participação ativa da entidade durante toda a Reunião Anual.
Elizangela Lizardo, diretora da ANPG, agradeceu a referencia positiva do professor Raupp e convidou todos os pós-graduandos, professores e pesquisadores a participarem do I Salão de Divulgação Científica da ANPG, que acontecerá na Semana Nacional de C&T do MCT, no final de outubro, na PUC São Paulo

terça-feira, 21 de julho de 2009

Filhos da Democracia

O Blog do CUCA, ferramenta livre de comunicação da juventude, esteve por todos os dias no Congresso da UNE. Muitos líderes do movimento estudantil colaboram com esse blog. Somos jovens e reconhecemos nas entidades estudantis o caminho para discutirmos os destinos da nossa geração. O lema desse 51º Congresso da UNE foi "Brasil, mostra tua cara". E o Brasil estava lá. Da sua reconstrução aos dias de hoje, a UNE demonstra que continuam nascendo aqueles que dão continuidade à luta de um povo e que essa geração carrega fortes sentimentos de esperança.

Celebrado os 30 anos de sua reconstrução, a UNE ainda é a preferida dos anti-patriotas quando se trata de desmoralizar os movimentos democráticos do País. Consideramos que a abordagem de alguns meios de comunicação a respeito da UNE desrespeita, numa vã tentativa de desqualificar o movimento estudantil, a escolha dos brasileiros de todas as partes que foram ao mais representativo congresso da sua história. Isso demonstra que setores anti-populares e antipáticos aos movimentos sociais e que se aliam a fragmentos esquerdistas estão apostando tudo nos seus meios de comunicação.

Para encobrir o significado histórico da geração que hoje está organizada em mais de 90% das universidades brasileiras, pautando o Estado nas suas políticas públicas, e recebendo o presidente da República, como ocorrido na semana passada, esses estranhos saudosos da ditadura destacam a idade do atual presidente da UNE como se entendessem sobre povo na universidade e a UNE estivesse fora dela. Mal sabem que a universidade de hoje já não é apenas dos filhos da elite e está se abrindo para os que convivem com o mundo do trabalho e com a luta social. Já a UNE de hoje é dos que constroem trajetória de participação nas conquistas sociais e democráticas do País, organizados em DCEs, UEEs e que não têm mais suas trajetórias interrompidas pela censura.

Sobre a universidade, o professor Ronaldo Mota retrata o perfil da universidade brasileira contemporânea em um estudo publicado no último ano. Segundo ele, em 2006, 40% dos estudantes universitários tinham 25 anos ou mais, e que no final da década teremos uma maioria de estudantes com mais de 25 anos. Em 2006 isso já era uma realidade no setor privado.

É certo que no Brasil de hoje ainda vivem os que vêem a ditadura com certa brandura. Esses são os inimigos de hoje que a UNE e os movimentos sociais enfrentam. Cada brasileiro a mais no processo participativo de construção nacional é um privilégio a menos para esta elite antiga e ultrapassada, o que estimula cada vez mais sua fúria, como a que ela demonstra quando o assunto é democratizar os meios de comunicação. O CUCA apoiará uma profunda reforma dos meios de comunicação durante os trabalhos da I Conferência Nacional de Comunicação. Faremos coro com a UNE em seu lema "Quando eu soltar a minha voz, por favor entenda".

Somos filhos da democracia. Nossa universidade está se pintando de novas cores. Nossos trabalhadores estão na universidade junto com seus filhos. Não há mais idade certa para sonhar com a universidade.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Augusto Chagas é presidente da UNE

O estudante de Sistemas de Informação da Universidade de São Paulo (USP) Augusto Chagas, de 27 anos, vai comandar pelos próximos dois anos a União Nacional dos Estudantes (UNE), uma das mais importantes e tradicionais organizações da sociedade civil brasileira. Em entrevista, o novo presidente, eleito com 71,8% dos votos pela chapa "Avançar nas mudanças", fala sobre as prioridades da nova gestão e opina sobre programas educacionais.

UnB Agência: Quais propostas serão prioridade na atual gestão?

Augusto Chagas: Temos três pautas que são fundamentais. Vamos defender a aprovação do nosso projeto de lei, com relação à reforma universitária, que trata sobre a regulamentação do ensino privado. É um projeto muito complexo, com pautas ligadas à assistência estudantil. Propomos um sistema nacional de assistência estudantil, com a criação de uma bolsa para atender estudantes carentes. A segunda prioridade é a questão da meia-entrada. A última legislação é de 2001, é um sistema sem controle. Queremos uma nova regulamentação. O projeto em trâmitação na Câmara dos Deputados hoje estabelece uma cota de 40% para meia-entrada, vamos lutar para a retirada dessa restrição. Também queremos construir o prédio sede da UNE no Rio de Janeiro, com o projeto de Oscar Niemeyer.

UnB Agência: O que falta nas universidades brasileiras?

Augusto Chagas: Mais jovens. Mais vagas. Temos um déficit muito grande de acesso, apenas 13% dos jovens entre 18 e 24 anos conseguem ter o ensino superior. Queremos um ambiente mais democrático e que construa um cidadão mais completo, não só um profissional que tem compromisso com a carreira, mas com a sociedade.

UnB Agência: A UNE vai apoiar a reforma curricular nas universidades?

Augusto Chagas: Sim. A UNE defende as reformas curriculares. Acreditamos que os currículos são muito tecnicistas, voltados para especialização profissional. Um curso de computação, por exemplo, forma um profissional que sai da universidade preparado para realizar apenas aquela profissão. Precisamos formar pessoas com uma cidadania mais completa.

UnB Agência: E o novo Enem, unificado, qual a sua posição?

Augusto Chagas: Acho que é um avanço. Vestibular é um dos instrumentos mais atrasados para a universidade. Historicamente, ele seleciona aqueles que tiveram acesso a bons colégios pagos e cursinhos preparatórios, ou seja, os setores mais elitizados. Queremos uma prova que possa se preocupar menos com aquele conteúdo decoreba e técnico, que aposte mais na interpretação e interdisciplinaridade. Poderíamos somar isso a processos de seleção seriada, aprovar reservas de vagas para estudantes de escolas publicas.

UnB Agência: A UNE é a favor das cotas?

Augusto Chagas: Devemos ter cotas de critério social, para estudantes de escolas publicas e, dentro desse publico, a gente defende o critério do IBGE para que negros e indígenas possam ser representados nessa parcela. Acreditamos que, dentro da reserva social, é possível também estabelecer critérios raciais.

UnB Agência: E o Prouni?

Augusto Chagas: É um projeto avançado que regulamentou a filantropia no Brasil e principalmente é um programa que colocou dentro da universidade mais de 400 mil brasileiros. Muitas vezes, são brasileiros que são o primeiro da família a ter ensino superior. O programa populariza a universidade, defendemos a duplicação e ampliação dele.

UnB Agência: E o Reuni? O que falta a ele?

Augusto Chagas: Por um lado é interessante, porque o Reuni prevê a ampliação da universidade pública no Brasil. Porém, ele se estabelece no interior de cada universidade. Ele é aprovado pelo conselho daquela universidade. Há projetos muito avançados e outros que tem características mais conservadoras, que não popularizam a universidade. Nossa proposta é disputar os projetos no interior de cada universidade, acompanhar a utilização e destino dos recursos públicos.

UnB Agência: Com a reconstrução da sede da UNE no Rio de Janeiro, o que mudará?

Augusto Chagas: Vamos celebrar uma pauta muito antiga. Há décadas, a UNE luta para reconquistar aquele espaço. É motivo para uma grande celebração, tem um componente histórico muito importante, representa um passo para democracia no pais. Será um espaço de referencia, um espaço cultural no Rio. Ainda não discutimos sobre a utilização dele. Mas seria excepcional se a UNE pudesse ter uma sede em cada capital do país, seria possível ampliar a atuação do movimento estudantil.

UnB Agência: Você acha que a sua filiação ao PCdoB interfere na sua atuação? De que maneira?

Augusto Chagas: Sou filiado e essa filiação se dá mais pela identificação com as ideias do partido. A atuação na UNE tem mais a ver com o movimento estudantil. Eu vejo que a liberdade de as pessoas se filiarem é muito positiva. Não considero que a filiação interfira na direção da UNE.

UnB Agência: Você é o décimo presidente da UNE filiado ao partido. O que isso representa para a entidade?

Augusto Chagas: Representa que o PCdoB tem muita tradição de opinião com a juventude do Brasil. Quem elege os presidentes da UNE não são os partidos políticos, são os estudantes da UNE. Acho que existe uma tradição de ideias na atuação, na atuação do movimento social.

Fonte: UnB Agência

sábado, 18 de julho de 2009

MOVIMENTO ESTUDANTIL

As salas de aula do ICC na UnB ficaram lotadas na noite dessa sexta-feira durante as discussões dos GDs (grupos de debate). Ao todo, foram formados treze grupos. Os relatórios dos GDs foram encaminhados à comissão de sistematização do congresso e as propostas estão sendo votadas neste deste sábado, na plenária final, que durará dois dias, deixando para domingo a eleição da nova diretria da UNE.
As pautas dos GDs foram: Conjuntura, Reforma do Ensino Superior, Políticas Afirmativas, Assistência Estudantil, Extensão Universitária, Passe-Livre, Meia-Entrada, Meio-Ambiente, Cultura, Inclusão Digital/Software Livre, Movimento Estudantil, Gênero / LGBT e Esportes.
Além da discussão sobre o próprio movimento estudantil, temas que já integraram a pauta das mesas nesta sexta-feira em debates como os de Educação contaram com grande participação na noite de ontem, sobretudo os do eixo educacional, como a Reforma do Ensino Superior, a Meia Entrada e Assistência Estudantil.

Efervescência
Momento privilegiado do congresso da UNE, os grupos de debate são discussões abertas entre os próprios estudantes. Diferente das dezenas de painéis que aconteceram, cujos temas contaram com presença de convidados para serem explanados, os GDs são amplas reuniões conduzidas pelas próprias lideranças estudantis. Desses grupos de discussão é que sai a maioria das propostas que constituem a pauta da plenária final do congresso.

MOVIMENTO ESTUDANTIL

As salas de aula do ICC na UnB ficaram lotadas na noite dessa sexta-feira durante as discussões dos GDs (grupos de debate). Ao todo, foram formados treze grupos. Os relatórios dos GDs foram encaminhados à comissão de sistematização do congresso e as propostas estão sendo votadas neste deste sábado, na plenária final, que durará dois dias, deixando para domingo a eleição da nova diretria da UNE.
As pautas dos GDs foram: Conjuntura, Reforma do Ensino Superior, Políticas Afirmativas, Assistência Estudantil, Extensão Universitária, Passe-Livre, Meia-Entrada, Meio-Ambiente, Cultura, Inclusão Digital/Software Livre, Movimento Estudantil, Gênero / LGBT e Esportes.
Além da discussão sobre o próprio movimento estudantil, temas que já integraram a pauta das mesas nesta sexta-feira em debates como os de Educação contaram com grande participação na noite de ontem, sobretudo os do eixo educacional, como a Reforma do Ensino Superior, a Meia Entrada e Assistência Estudantil.

Efervescência

Momento privilegiado do congresso da UNE, os grupos de debate são discussões abertas entre os próprios estudantes. Diferente das dezenas de painéis que aconteceram, cujos temas contaram com presença de convidados para serem explanados, os GDs são amplas reuniões conduzidas pelas próprias lideranças estudantis. Desses grupos de discussão é que sai a maioria das propostas que constituem a pauta da plenária final do congresso.

Cultura é movimento

AI-5 digital, políticas públicas de cultura e a Nova Lei de Fomento foram os três temas em destaque sobre cultura no congresso da UNE.
O debate do período da manhã de sexta-feira, ocorrido no anfiteatro 13 do ICC contou convidados como Dr. Túlio Vianna – Presidente do Instituto Brasileiro de Direito Eletrônico/Professor da PUC-MG, Sérgio Amadeu – Professor da Faculdade Cásper Líbero, além de represntantes do coletivo Intervozes e do Ministério da Cultura.
A tarde os temas foram Políticas para a Cultura e Lei de Fomento. O debate teve como centro a proposta de mudanças da lei e a criação do sistema nacional de financiamento da cultura. Entre os convidados estava Alexandre Santini, coordenador nacional do Circuito Universitário de Cultura e Arte, o CUCA da UNE. Dentre as resoluções do congresso da UNE, o apoio à democratização do financiamento público da cultura deve ser um dos temas, o que integra a UNE na campanha pela aprovação da Lei de Fomento em substituição a Lei Rouanet, proposta pelo Ministério da Cultura, a partir de de um processo amplo de consulta pública.
UNE está atenta a esse debate desde antes de seu congresso. Recentemente, através do CUCA, protocolou no MinC, proposta de criação de um programa de distribuição de renda destinada à toda juventude, o que ampliaria o já existe vale-cultura, implementado este ano, pelo ministério da Cultura.
Iniciada na quinta-feira, a programação de cultura do congresso se iniciou com a apresentação da sambista Leci Brandão e da banda Móveis Coloniais.
A programação dessa sexta-feira seguiu com os shows da banda Fora de Si, do Rapper Gog e de Edson Gomes, no Albergue da Juventude.
Esse sábado encerra a programação de cultura do congresso do UNE com show da banda Chimarroots, na Prainha da ASBAC.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Em defesa do Petróleo e da Petrobrás

Encerrada a programação do Encontro Nacional dos estudantes do ProUni, que contou com a presença do presidente Luís Inácio Lula da Silva, os participantes do 51º Congresso da UNE se concentraram na catedral de Brasília em um ato em defesa do Petróleo e da Petrobrás.
Lideranças de todas as todas as tendências políticas estiveram no ato que seguiu até a sede da Petrobrás, onde permaneceu até final da tarde. Lideranças como da Coordenação dos movimentos Sociais, de entidades ligadas å categoria dos petroleiros e de trabalhadores rurais e da cidade somaram mais de 10 mil pessoas em frente da estatal.
Ao longo da passeata muitas falas se voltaram às denúncias do golpe político escondido por trás das tentativas da oposição no congresso nacional de instaurar a CPI da Petrobrás.
Segundo Lúcia Stumpf, a UNE de 50 anos atrás é a mesma que hoje vai ás ruas em defesa do patrimônio que e os estudantes brasileiros ajudaram a construir.

Presidente Lula participa do primeiro Encontro Nacional dos Estudantes do ProUni

O primeiro Encontro Nacional dos Estudantes do ProUni começou nesta quinta-feira. Estudantes de todo Brasil já estão em Brasília e durante o período da manhã lotaram o centro de convenções Ulisses Guimarães para celebrar a abertura do encontro que integra a programação do 51º Congresso da UNE
A presença do presidente Luís Inácio Lula da Silva e de mais nove ministros, além dos mais de três mil estudantes presentes no auditório deram um tom de importância para o encontro, que teve como tema central a educação brasileira e as conquistas obtidas a partir da implementação do programa Universidade para Todos.
Em seu discurso, o presidente Lula se emocionou ao relatar a história de uma brasileira beneficiada pelo programa Luz para Todos, que ao apertar o interruptor, revelou ao presidente que era a primeira vez que podia ver seu filho dormir.
Lúcia Stumpf reforçou a necessidade de mudança no ensino superior brasileiro e declarou que os estudantes exigem que 10% do PIB seja revertido para a Educação. Lúcia também destacou a importância do projeto de lei da Reforma Universitária, de autoria dos estudantes brasileiros, que prevê a regulamentação do ensino superior privado, que segundo ela "tem plena relação com o que estamos discutindo hoje".

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Sessão Solene em Homenagem aos 30 anos de Reconstrução da União Nacional dos Estudantes – UNE

O ato contou com a presença de lideranças estudantis do Brasil que já chegaram a Brasília, de parlamentares e políticos de várias gerações, como a dos que atuaram nas trincheiras da UNE antes de sua reconstrução.
Lúcia Stumpf ressaltou a honra de uma geração de 30 anos atrás que hoje assiste aos jovens que vão às ruas lutar pelo País, como os que tiveram com a UNE nas suas últimas mobilizações. "Os estudantes brasileiros farão deste congresso, o mais representativo da história da UNE, o que prova o protagonismo dos jovens da nossa geração", declarou a presidente da UNE.
Dentre os convidados que participaram da solenidade, destaque para as deputadas Alice Portugal PCdoB /BA, Maria do Rosário PT/RS, Manuela D`Avila PCdoB/RS, além do deputado José Genoíno PT/SP e o reitor da Universidade de Brasília, José Geraldo Souza Junior. O ministro dos esportes e ex-presidente da UNE em 1995, Orlando Silva, também esteve presente no ato. "Que a UNE seja cada vez mais nossa força e nossa voz", declarou o ministro.
A agenda de memória do 51º CONUNE segue com um debate na sexta-feira sobre os 30 anos da Anistia no Brasil e se encerra com a inauguração do monumento em homenagem a Honestino Guimarães, também na sexta-feira, a partir de 13h, na UnB.
Em artigo publicado em 2007 e que integra o acervo do Projeto Memória do Movimento Estudantil, a pesquisadora Angélica Muller descreve a trajetória de resistência, na década de 1970 e a histórica batalha pela reconstrução da UNE.


A década de 1970 e a reconstrução da UNE


Depois do Ato Institucional n. 5 (AI-5) em dezembro de 1968, o Movimento Estudantil (M.E.) entrou na clandestinidade, a UNE foi extinta e muitos de seus militantes acabaram se integrando em grupos guerrilheiros. Já no início da década de 1970, diante da impossibilidade de atuação legal do M.E. articulado, vários jovens começaram a trabalhar para sua reestruturação, ainda no período mais duro da repressão.
Se a geração de 1968 preconizava uma cultura política revolucionária, em que a radicalidade estava centrada na luta armada, a nova geração assumiu uma postura, a partir daquela experiência que não teve sucesso, apostando num novo tipo de luta de resistência contra o regime autoritário, assumindo como tática de enfrentamento político o "confronto pacífico". É importante salientar que essa nova proposta das esquerdas orientou-se pelo objetivo da luta pelas liberdades democráticas, mas tal posição não foi unânime.
O ressurgimento do movimento estudantil, neste momento, esteve ligado a um processo de reflexão (autocrítica) sobre a derrota (política e militar) da luta armada. O debate realizado pela maior parte da esquerda orientou-se pela proposta de uma luta de massas pela redemocratização (1).
Na primeira metade da década de 70, como aponta Mirza Pellicciotta (1997), as atividades se desenvolveram principalmente no âmbito cultural e na formatação das Executivas de Cursos e formação dos Diretórios Centrais Livres (DCE’s), caso da Universidade de São Paulo, com o DCE Alexandre Vanucchi Leme (2).
A partir disso, sentiu-se a necessidade de rearticular o movimento através das suas entidades representativas: as Uniões Estaduais dos Estudantes (UEE’s) e a União Nacional dos Estudantes (UNE).
Entre 1976 e 1978 quatro reuniões preparatórias foram propostas com intuito de reconstruir a UNE. Os Encontros Nacionais de Estudantes (ENE’s) aconteceram a partir da articulação interna das forças políticas do M.E., articulação esta que teve como desdobramentos as grandes passeatas de 1977 (3).
O ano de 1977 pode ser encarado como marco para o processo de redemocratização do país. E, mais uma vez, o movimento estudantil foi pioneiro nesse processo. Apesar dos movimentos sociais já estarem se articulando nesse momento como, principalmente, o movimento sindical e as pastorais, foi o movimento estudantil o primeiro a ir para as ruas lutar pelas liberdades democráticas e exigir anistia aos presos políticos.
Este também foi o ano da realização do III ENE (Encontro Nacional dos Estudantes). O Encontro que deveria ter acontecido na Faculdade de Medicina da UFMG foi impedido pelos militares e, depois de algumas tentativas, ocorreu na PUC São Paulo, causando um acontecimento bastante conhecido na história do ME: a invasão da universidade pelos policiais comandados por Erasmo Dias, a mando do governador Paulo Egydio Martins, que fora diretor da UNE na década de 1950. Ainda nesse ano, foi reconstruída a UEE/SP e a comissão Pró-UNE. A montagem desta comissão redundou na realização do XXXI Congresso da entidade na cidade de Salvador em maio de 1979.
Coube ao presidente da DCE da UFBA, Rui César Costa, encontrar um local para o Congresso. Rui César pediu uma audiência com então governador da Bahia, Antônio Carlos Magalhães, que cedeu o Centro de Convenções e garantiu a viabilidade do Congresso.
Depois de muitos sacrifícios e alguns ônibus de estudantes retornando para suas casas, barrados pela polícia, o XXXI Congresso da UNE, que contava com cerca de 10 mil estudantes, foi aberto pelo seu ex-presidente de 1964, José Serra, em 29 de maio de 1979 (foto acima).
Foram aprovados um novo estatuto, uma carta de princípios e uma pauta de lutas a serem levantadas pela entidade, dentre elas: "contra o ensino pago; por mais verbas para educação; pela anistia ampla, geral e irrestrita e contra a devastação da Amazônia.".
A grande polêmica, sem dúvida, ficou no encaminhamento para a eleição da nova diretoria. Depois de muita polarização de idéias, acabou vencendo a proposta de se eleger no Congresso uma diretoria provisória formada por um conselho de entidades e no segundo semestre, realizar, pela primeira vez, eleições diretas para diretoria da UNE.
Mais de 350 mil universitários foram às urnas eleger o presidente de sua entidade. A chapa vencedora foi encabeçada pelo próprio Rui César, que ganhou destaque acentuado pelo seu trabalho na coordenação do Congresso.
Assim, a entidade máxima dos estudantes brasileiros estava reconstruída. A UNE estava pronta novamente para jogar papel nos grandes acontecimentos do cenário político nacional lutando por liberdades democráticas e pelas Diretas Já!
texto publicado por Angélica Müller (2007) - doutoranda em História Social pela USP e coordenadora-técnica do Projeto Memória do Movimento Estudantil

terça-feira, 14 de julho de 2009

Um brinde ao 51º CONUNE!


Blog do CUCA é o nosso ponto de encontro


O Blog do CUCA inicia a partir desta quarta-feira a cobertura do 51º Congresso da UNE.
Até domingo estaremos entrelaçados nessa grande rede que em 2009 se conflui na capital federal.
Ao longo desses dias falaremos de Cidadania, Política Educacional, América Latina, Políticas Públicas para o Brasil, Memória, Ciência e Tecnologia, Cultura, Política Nacional e Movimento Estudantil.
Muitos dos mais de 10 mil participantes de todos os cantos ainda estão na estrada com destino a Brasília. Norte, sul, sudeste, nordeste e centro-oeste. O congresso da UNE é um encontro do Brasil consigo mesmo e o Blog do CUCA é o ponto desse nosso encontro.

Brasil pode ser a primeira potência ambiental

O Brasil tem condições de se tornar a primeira e, por um longo tempo, a única potência ambiental do mundo, devido a sua grande biodiversidade e por já possuir um sistema de ciência e tecnologia maduro. Para tanto, é preciso aplicar esse conhecimento científico adquirido para utilizar os recursos naturais do País com vistas à geração de trabalho e riqueza, na intensidade correta e sem permitir que eles se esgotem. A avaliação foi feita pelo presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Marco Antônio Raupp, na abertura da 61ª Reunião Anual da Sociedade, ontem (12/07), em Manaus (AM).

“Com essa condição de potência ambiental, resolveríamos, ao mesmo tempo, duas importantes questões. A primeira diz respeito às populações da Amazônia, que é sua independência econômica. E também poderíamos responder ao mundo que conhecemos, convivemos e cuidamos da Amazônia”, indicou Raupp.

Raupp afirmou que a SBPC propõe a conservação da Amazônia, possibilitando uma interação dinâmica e sustentada com os diversos biomas da floresta. “No nosso entendimento e da comunidade científica brasileira, o modelo de desenvolvimento para a Amazônia terá de ser construído com base no conhecimento científico e tecnológico, de preferência, produzido na região”, ressaltou. 
Há três semanas, Raupp entregou ao ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, um documento elaborado com a participação de 25 sociedades científicas associadas à SBPC, com sugestões para desatravancar a ciência no Brasil. Uma delas é permitir o acesso à pesquisa e ao uso da biodiversidade brasileira.

Presente na sessão de abertura do evento, o ministro da Ciência e Tecnologia afirmou que o documento já foi apresentado ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que determinou que as ações propostas sejam executadas. “Estamos fazendo avanços e vamos mostrar alguns deles nas próximas semanas. Alguns são mais complicados e envolvem até mudanças na Constituição. Mas vamos resolver essa questão do acesso à biodiversidade, que é fundamental para o País como um todo e muito importante para a Amazônia”, antecipou Rezende.

O ministro foi homenageado com uma placa pelo governador do Amazonas, Eduardo Braga, pela contribuição do ministério para a criação do atual sistema de ciência e tecnologia do estado. Desde 2003, Braga vem implementando uma nova política científica e tecnológica no Amazonas, que já destinou R$ 1,2 bilhão para essa finalidade – um volume de investimentos atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Por esse trabalho, o governador foi agraciado pela SBPC com a medalha “Governador amigo da ciência”, instituída e concedida pela primeira vez pela Sociedade para homenagear governos estaduais que se destaquem por seus esforços em prol do desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação.

“Quando começamos a montar um sistema de ciência e tecnologia no Amazonas, em 2003, pensávamos em preparar o estado para o futuro e o conhecimento. Entendíamos que o Amazonas não poderia ficar mais na situação do coitado, com um pires na mão, pedindo migalhas para o sul e sudeste do Brasil. Queremos o direito de sermos o dono do nosso destino, da nossa cultura e do nosso conhecimento científico”, disse Braga em seu discurso de agradecimento.

Outro grande homenageado da noite foi o pesquisador e presidente de honra da SBPC Warwick Estevam Kerr. Pioneiro na genética brasileira e um dos maiores especialistas em genética de abelhas do mundo, Kerr foi diretor-geral do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) em duas ocasiões, quando morou, ao todo, oito anos em Manaus. “Manaus talvez seja a região do Brasil em que eu vivi que ficou impregnada em mim. Foi na Amazônia onde eu pude conhecer melhor a interação das espécies. E a Reunião Anual da SBPC muitas vezes me parece um encontro de espécies diferentes, tal a grande diferença de conhecimentos que ela apresenta”, disse o pesquisador em um vídeo transmitido durante a cerimônia, devido a sua impossibilidade de comparecer à homenagem por motivos de saúde.

Realizada em plena uma praça pública, ao lado do centenário Teatro Amazonas, que estava todo iluminado por ocasião da solenidade, a sessão de abertura reuniu um público estimado em 1,5 mil pessoas. Um grupo de dança do Amazonas encerrou a solenidade, com a apresentação de trechos de um espetáculo que mostraram em Paris, durante as comemorações do Ano do Brasil na França.  
 
Fonte SBPC

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Lula irá ao 51º Congresso da UNE

Confirmado!      

Pela primeira vez na história, os estudantes brasileiros receberão um presidente da República em seu congresso.
Luís Inácio Lula da Silva se encontrará nesta quinta - feira, dia 17, com estudantes dos 27 estados do Brasil. Mais de 10 mil estão sendo esperados na capital federal para o evento que acontece desde 1937, integra os estudantes brasileiros a cada dois anos e em 2009 celebra os 30 anos de reconstrução da UNE.
Não é a primeira vez que o congresso da UNE recebe um chefe de estado. Em 1999, no 46º congresso, em Belo Horizonte, Fidel Castro, foi o estadista da vez, discursou por mais de duas horas no ginásio do Mineirinho repleto de estudantes.

ProUni
A ocasião desta quinta-feira será o I Encontro Nacional dos Estudantes do ProUni. Este encontro integra a programação do 51º Congresso da UNE.
Importante movimento que surge juntamente com uma política de acesso a universidade, o movimento dos prounistas se iniciou com o primeiro encontro municipal na cidade de São Paulo, em 2007. Em seguida foi a vez dos estudantes do Rio de Janeiro realizarem seu encontro estadual. A partir de então, em muitos estados brasileiros aconteceram encontros de prounistas. Mudanças significativas foram aplicadas no programa Universidade Para Todos a partir de contribuições encaminhadas por esses encontros regionais. Muitos deles contaram com a presença de representantes do ministério da Educação, como a do próprio ministro Fernando Haddad.
O clima é de amizade entre os prounistas e Lula, afinal, o ProUni é um dos programas preferidos do presidente, atende a mais de 400 mil jovens no Brasil e o último ENADE revelou desempenho acima da média, dos estudantes beneficiados pelo programa em relação aos demais.

Visita esperada
Não será o primeiro encontro de Lula com a UNE. No dia 12 de agosto de 2008, o presidente compareceu à Praia do Flamengo, 132.
O endereço histórico da UNE, retomado após 43 anos foi palco do ato de lançamento do projeto de construção da Casa do Poder Jovem.
Em reconhecimento aos danos causados pela tirania do estado brasileiro, Lula declarou apoio necessário a reconstrução da nova sede, que tem seu projeto assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer.
Esse evento marcou o lançamento da caravana da UNE, que percorreu, todos os estados do Brasil e encerrou em Brasília, onde foi recebida pelo presidente.




sábado, 11 de julho de 2009

Brasil, uma nação griô

A celebração das vivências griôs (experimentos de tradição oral) e de mediação de leitura na II Vila de Histórias nas Terras do Boi Falô – Encontro Nacional de Contadores de Histórias – culminará com a inédita aula-espetáculo “Brasil, uma nação griô”, no dia 11, às 20 horas, na sede da Associação Nina (Núcleo Interdisciplinar de Narradores Orais e Agentes de Leitura), com a participação de vários representantes da sociedade e governo, dentre eles, o secretário de Cultura do MinC, o campineiro Célio Turino.

A aula-espetáculo consistirá em uma grande e inusitada apresentação artística (musical, cênica e performática) em que atuarão todos os representantes das ongs participantes do Encontro, tendo como a linha mestra a pedagogia griô – que tem como referências teóricas e metodológicas a educação biocêntrica, de Ruth Cavalcante, a educação dialógica de Paulo Freire, dentre outros, voltados para o diálogo entre a tradição oral e a educação formal. O projeto pedagógico da Ação Nacional Griô foi idealizado pela educadora e griô Lilian Pacheco e a ong Grãos de Luz.

Nesse contexto, os artistas se integrarão para compor o evento, cada qual com sua particularidade, como uma forma de reverenciar a vivência griô e a mediação de leitura em diálogo com a educação formal, tendo também como base referencial a Lenda do Boi Falô. O grupo de batida de côco Bongar de Pernambuco deverá mesclar sua musicalidade com a performance dos mestres de capoeira, por exemplo. Também neste momento haverá uma homenagem especial ao primeiro artista-residente da Associação Nina, o multi-artista performático Hélio Leites.
“Elaboramos uma programação que desencadeará em um esplêndido espetáculo. Cada artista se apresentará em seu tempo, mas terá uma interação dele com outros, numa base de troca de vivência. Teremos uma mescla de atividades artísticas com um ritmo bem animador e alegre para também festejar o artista-residente da Associação, o também artista plástico Hélio”, explica o vice-presidente da ong Conta Brasil, Zé Bocca, que ministrou a oficina “O corpo conta” na II Vila.

A proposta da estadia “artista-residente” surgiu durante os debates do encontro e diálogos nos bastidores. Os representantes das ongs participantes, como Conta Brasil, Instituto Aletria, Ponto de Cultura Tá na Rua, Grupos Tainã, Bongar, Tambores de TO e Tapetes Contadores, vislumbraram assim, uma forma de criar um diálogo entre a Nina, o artista, a comunidade e a rede da Ação Nacional Griô, entidade à frente das políticas de transmissão dos saberes e fazeres da tradição oral em diálogo com a educação formal. “Nesse sentido, convidamos o mais completo contador de histórias do Brasil, o Hélio, que se apresenta na Vila pelo segundo ano consecutivo”, ressalta o artista Marcelo Alvo, um dos coordenadores da Nina.

Nesse dia, haverá uma mescla de ações artístico-literárias, resultados das vivências do II Vila, que contou com a experimentação biocênica do artista Marcos Brito, intervenção cênica com Hélio Leites, com a Cia Narradores Urbanos, mantenedora da Associação Nina que homenageará também o ensaísta Guilherme de Almeida , considerado o príncipe dos poetas. Conquistas como o ‘Bolsa-cultura’ – incentivo de R$ 280,00 oferecido para mestres griôs transmitirem o saber junto à educação formal – também será celebrado.

As celebrações não se resumem a essas cenas, mas se estendem. A coleta de assinaturas (necessário 1 milhão) para a criação da Lei Nacional de Ação Griô e o lançamento do mapeamento nacional de contadores de histórias através da ong Conta Brasil para criar um recenseamento e catalogar todos os profissionais ativos e disponibilizar os dados bem como regulamentar a atividade estão no script da aula-espetáculo. “A aula-espetáculo não estava na programação, será o primeiro espetáculo teatral concebido, articulado, produzido e realizado em rede nacional na história do teatro brasileiro por conta de nossas vivências na II Vila”, enfatiza o produtor cultural Satini, um dos coordenadores do Ponto de Cultura Tá na Rua (RJ).

A II Vila de Histórias nas Terras do Boi Falô – Encontro Nacional de Contadores de Histórias - é uma organização da Associação Nina em parceria com o Sesc-Campinas, prefeitura de Campinas e Ministério da Cultura. E contou com o apoio dos parceiros – Grupo Tainã, Urucungus Puitas e Quijengues
Dados comemorados na aula-espetáculo
Pontos de cultura no Brasil – 130
Griôs aprendizes, griôs e mestres de tradição oral bolsistas – 650
Pontos de Cultura (entidades de educação e cultura envolvidas) – 600
Estudantes brasileiros envolvidos – 130 mil
Bolsa-cultura griô – incentivo de R$ 280,00
Redes regionais para todo o Brasil – 7
Trilhas griôs (para fortalecimento da formação universitária de
griôs aprendizes e educadores) – 16


Sede da Associação NINA
"Vila Nina"
Rua Antônio Carlos Neves, 338,
Chácara Campos Elíseos.
Tel: (19) 3325.6651

Realização: Associação NINA e SESC Campinas

terça-feira, 7 de julho de 2009

Lula é premiado pela UNESCO


Paris – O Presidente brasileiro Lula da Silva recebeu esta terça-feira, 7 de Julho, o prémio Félix Houphouët-Boigny 2008 pela sua participação em busca da Paz. 


«Um homem excepcional» qualificou o secretário executivo do prémio, que acrescentou: «quando procuramos um grande homem, não temos de olhar para longe, olhamos para Lula da Silva.» Virando-se para o presidente brasileiro sublinhou: «Antes de si nenhum chefes de Estado brasileiros esteve tão ligado a África e hoje é o pilar da estabilidade da América latina.»


Para o primeiro-ministro português, José Sócrates, Lula da Silva «é uma das figuras mais admiradas e respeitadas», um estadista «com uma obra realizada, e um exemplo notável no combate à desigualdade e pobreza» considerando também como «o líder politico mais popular da face da terra». Enquanto o presidente senegalês, Abdoulaye Wade, lembrou que foi Lula da Silva que estabeleceu no Brasil o dia da Consciência Negra.


Apenas um pequeno incidente surgiu no momento da entrega do prémio por Koïchiro Matsuura, director geral da UNESCO e Mário Soares a Lula da Silva. Dois activistas do Greenpeace subiram à plateia empunhando em silêncio dois cartazes com a inscrição «Lula, Salve a Amazónia, salve o clima», um terceiro activista entregou a Lula da Silva um balão decorado o mundo. A segurança controlou calmamente dois activistas, apenas um tentou reagir sem violência, o público ficou indiferente à iniciativa. Lula da Silva, logo ao início da sua intervenção, disse lamentava o sucedido e criticou o «papel da segurança que deveria evitar esses casos» acrescentando contudo que: «o alerta desses jovens é valido para todos nós, a Amazónia tem de ser preservada», aí os presentes reagiram aplaudindo o presidente brasileiro.


Lula da Silva perante os presentes sobrevoou toda a dinâmica interna brasileira no combate à pobreza e destacou que o índice da desigualdade no Brasil é o mais baixo das últimas três décadas. Realçando a «vitalidade do continente irmão», fazendo alusão a África, Lula da Silva, lembrou a «onda de democracia» que se registou na África do Sul e está cada vez mais presente na América Latina. Saudou o bom desenrolar das eleições na Guiné-Bissau e criticou severamente o Golpe de Estado na Honduras. Durante o mesmo discurso defendeu também a «criação de um Estado palestiniano com uma economia viável».


Participaram na cerimónia como convidados de honra Pedro Pires, presidente de Cabo Verde, Abdoulaye Wade, presidente Senegal, Mário Soares ex-presidente português e presidente do júri do prémio Félix Houphouët-Boigny, Henri Konan Bédié ex presidente da Costa do Marfim e membro do júri, Abdou Diouf actual secretário-geral da Organização Internacional da francofonia e ex presidente do Senegal, primeiro ministro português José Sócrates.


O prémio Félix Houphouët-Boigny foi criado em 1989, é atribuído anualmente pela UNESCO que pretende agraciar personalidades, instituições e organizações que contribuíram de uma forma significativa na promoção, busca ou manutenção da paz.


Nelson Mandela e Frederik W. De Klerk da África do Sul; Yitzhak Rabin e Shimon Peres de Israel e Yasser Arafat da Palestina; Xanana Gusmão de Timor-Leste; Rei Juan Carlos de Espanha e o antigo presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter; Abdoulaye Wade do Senegal e o antigo presidente da Finlândia Martti Ahtisaari; Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados; Comunidade de Santo Egídio, Itália; já foram distinguidos com o mesmo prémio que inclui um cheque de 122 mil euros, uma medalha em ouro e um diploma assinado pelo director-geral da UNESCO.


Rui Neumann

(c) PNN Portuguese News Network



segunda-feira, 6 de julho de 2009

Expedições Brasil

O programa Expedições que a TV Brasil exibe nesta segunda-feira faz uma homenagem ao intelectual, político, educador e antropólogo Darcy Ribeiro, que faleceu há 12 anos. Um resumo da farta biografia deste mineiro de Montes Claros ilustra sua história, contada através de fotografias e vídeos de época. A entrevista de Darcy foi concedida a Paula Saldanha, em 1996, na sala de estar de seu apartamento no Rio de Janeiro.

O foco principal da conversa é o livro O Povo Brasileiro, que Darcy considerava sua obra maior. O livro é um verdadeiro retrato do povo brasileiro, que sempre foi sua grande paixão. Das primeiras linhas até sua publicação foram quase 30 anos. “Depois de escrever 400 páginas, eu lendo, caí em mim de que era impossível ter um livro sobre o povo brasileiro, porque não havia teoria pra explicar o povo brasileiro. Era preciso primeiro fazer essa teoria. Então, eu fechei aquele livro e fui escrever essa teoria”, conta o intelectual na entrevista. Darcy buscou nas várias esferas do conhecimento as respostas para o processo de formação do Brasil e de seu povo. Escreveu e reescreveu as páginas de O Povo Brasileiro algumas vezes até chegar ao que foi publicado em 1995.

“Esse livro foi a tarefa intelectual mais complexa que eu enfrentei na minha vida, a mais difícil também. A minha vida foi feita para escrever esse livro, pra dar ao povo brasileiro um retrato em que ele se visse de corpo inteiro. Esse livro é uma remeditação minha, uma reflexão profunda minha sobre tudo que eu sabia sobre o povo brasileiro, com a vontade de dar um painel pra mostrar como o nosso povo se fez”, continua.

Darcy Ribeiro construiu seu legado baseado em três pilares principais: as ciências sociais, a política e a educação. Ele afirmava que o Brasil tinha um gênero novo de gente, capaz de portar uma nova civilização: a primeira civilização tropical. Segundo ele, herdeira não só da corrente européia, “que é uma coisa avassaladora”; mas também da herança indígena, “que nos transmitiu conhecimento nos nomes”; e da sabedoria e, sobretudo, sentimento negro.

Para o antropólogo, a tarefa do povo brasileiro, então, era construir uma civilização nova, totalmente diferente, e fazê-la florescer. “Eu estou com pressa. Eu tenho pena que ainda não aconteceu, e queria que acontecesse no meu tempo. Se não acontecer não me importa, eu saúdo daqui, com esse livro para aqueles que virão, que continuarão fazendo o Brasil, para se tornar essa grande civilização que nós podemos ser; que nós havemos de ser”, revelou o grande educador brasileiro.

 acesse a TV Brasil aqui.

sábado, 4 de julho de 2009

Brasília sediará reunião do Comitê do Patrimônio Mundial em 2010

Primeira cidade moderna a ser reconhecida pela UNESCO como patrimônio da humanidade, Brasília receberá em 2010, membros dos países integrantes do Comitê do Patrimônio Mundial.
Responsável pela implantação da Convenção do Patrimônio Mundial de 1972 - um dos instrumentos legais internacionais com adesão mais abrangente, ratificado por 186 Estados Partes , o Comitê é formado por representantes de vinte e uma nações. Além de avaliar as candidaturas dos países ao título de patrimônio mundial, o comitê analisa relatórios acerca das condições das localidades inscritas, indicando providências aos pasíses quando necessário.

Candidatura Brasileira

O Caminho do Ouro e sua Paisagem não ficou entre os 13 sítios inscritos na reunião de Sevilha, nesta semana. Mas, é certo que em 2010 o Brasil deve pleitear novamente, na reunião de Brasília a condição de patrimônio da humanidade à paisagem de Paraty.

Patrimônio Mundial    

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (UNESCO) se propõe promover a identificação, a proteção e a preservação do patrimônio cultural e natural de todo o mundo, considerado especialmente valioso para a humanidade. Este objetivo está incorporado em um tratado internacional denominado Convenção sobre a proteção do patrimônio mundial cultural e natural, aprovada pela UNESCO em 1972.
Patrimônio cultural é composto por monumentos, grupos de edifícios ou sítios que tenham valor histórico, estético, arqueológico, científico, etnológico ou antropológico.
Patrimônio cultural subaquático compreende os sítios arqueológicos submersos.
Patrimônio natural significa as formações físicas, biológicas e geológicas excepcionais, habitats de espécies animais e vegetais ameaçadas e áreas que tenham valor científico, de conservação ou estético. 

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Cidades Invisíveis

No próximo dia 02 de julho, quinta-feira, a partir das 20h, no Cine Humberto Mauro, novos olhares sobre a diversidade e identidade do povo mineiro serão revelados pelo projeto CIDADES INVISÍVEIS. Inspirado no livro homônimo do escritor Ítalo Calvino –no qual o navegador Marco Pólo descreve sua viagem fantástica por cidades imaginárias–, a iniciativa percorreu nove municípios de Minas Gerais para compor, em registros audiovisuais, a sensibilidade inusitada e marcante de relatos, criações e manifestações regionais. O resultado deste encontro entre pessoas e culturas são 18 vídeos de curta duração (micronarrativas), realizados ao longo de quase um ano de produção. (www.cidadesinvisiveis.org.br)

O projeto CIDADES INVISÍVEIS é resultado de uma parceria inédita no estado que fomentou a conexão entre os Pontos de Cultura do interior e afiliadas à Rede Minas de Televisão. A iniciativa foi coordenada pela emissora mineira junto às ONGs Contato (BH) e Fábrica do Futuro (Cataguases), com apoio do Ministério da Cultura, por meio do Programa Cultura Viva/Edital Pontão de Cultura Digital. Os filmes serão exibidos na Rede Minas, a partir de julho de 2009, nos espaços dedicados a interprogramação, com o objetivo de ampliar o espaço da cultura regional e da produção audiovisual mineira nos meios de comunicação.

 O lançamento do projeto no Palácio das Artes também celebrará o aniversário de 7 anos da ONG Contato, uma das principais organização da sociedade civil com atuação em Minas Gerais. Algumas presenças já foram confirmadas como: José Luiz Herencia (Secretaria de Políticas Culturais do MinC), Aida Ferrari (representação regional do MinC), Paulo Brant (Secretário Estadual de Cultura), Thais Pimentel (Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte) e Antônio Achilis (Presidente da Fundação TV Minas Cultural e Educativa).

SOBRE OS FILMES
Em formato de pequenas narrativas, os vídeos apresentam aspectos culturais, religiosos, geográficos, arquitetônicos e humanos de todas as regiões do estado de Minas Gerais. Em Pouso Alegre, sul do estado, é contada a história de Salomé, mulher de descendência cigana que ficou conhecida como “santa casamenteira” na região. No triângulo mineiro, o Congado ganha destaque em suas dimensões artística e religiosa em um vídeo filmado em Uberlândia. As lendas de fantasmas e assombrações de Ouro Preto, a história de um artesão em Divinópolis e de um vendedor de peixes em Pirapora são outros temas das produções. (sinopses completas em anexo)

SERVIÇO:
Lançamento dos vídeos do Projeto Cidades Invisíveis
Dia 02 de julho – quinta-feira – 20h
Cine Humberto Mauro (Avenida Afonso Pena, 1.537 - Palácio das Artes)
Classificação livre
Informações: (31) 3281.5326

 SUGESTÃO DE ENTREVISTA
Helder Quiroga - ONG Contato
César Piva – Fábrica do Futuro
Luciano Alkmim – Rede Minas de Televisão 

AGENDAMENTO DE ENTREVISTAS E INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA:
Fumaça Corp. – Artênius Daniel, Rafael Minoro e Vinícius Resende
(31) 3309.6031 / 3309.6071 / 9401.0828 – contato@fumacacorp.com.br