II Congresso de Cultura Iberoamericana
A solenidade de abertura do II Congresso Iberoamericano de cultura contou com a Orquestra Sinfônica de Heliópolis, da cidade de São Paulo e o cantor João Bosco. Autoridades de todos os países da América Latina e da Península Ibérica participam do evento, além de cem pontos de cultura de todo Brasil. A abertura homenageou o dramaturgo Augusto Boal.
A mesa redonda foi uma troca de experiência entre gestores públicos de países iberoamericanos. Fizeram parte da mesa, Juca Ferreira, ministro da cultura do Brasil, Ticio Escobar, ministro da cultura do Paraguai, Jorge Coscia, secretário da secretaria da cultura da presidência da Nação Argentina e Enrique Iglesias, secretário geral da SEGIB (Secretaria General Iberoamericana), realizadora do evento, em parceria com o SESC São Paulo. A mesa foi presidida pela ministra da cultura da Espanha, Ángeles González.
O secretário Enrique Iglesias destacou a importância do debate acerca de todas as dimensões da cultura e o sentido de integração que o evento revela entre os países iberoamericanos.
Já o ministro da cultura do paraguai destacou a questão do projeto político como uma dimensão fundamental para o fortalecimento da cultura. "O destino da cultura do nosso povo depende do projeto politico", declarou Tiscio Escobar, ministro paraguaio
O slogan dos neoliberais que estiveram a frente do ministério da cultura até 2001 era "Cultura, um grande negócio". Diante desse olhar ultrapassado, o ministro Juca Ferreira realçou a mudança de paradigma na construção das políticas públicas para a cultura, com destaque para o que ele considera mais vitorioso, que é o programa Pontos de Cultura. Na opinião de Juca Ferreira, o programa traduz uma auto crítica do estado em relação ao potencial do povo brasileiro Ao discorrer sobre a política, o ministro falou da posição do Brasil diante da atual crise financeira mundial. Segundo ele, a linha que norteou as políticas públicas do Brasil nos últimos anos, como a que potencializa a capacidade de produção da cultura, contribuiu para que o Brasil assumisse uma posição alternativa ante a crise mas, destacou o viés conservador ainda presente na equipe econômica do governo, o que impede determinados avanços. Em cllima de muita amizade, Juca disse que esses economistas são como os zagueiros argentinos quando jogam contra nossa seleção, e foi muito aplaudido.
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