quarta-feira, 23 de setembro de 2009

São Paulo

Abertura Solene

Dia 30 de setembro, às 19h

Conferência de Abertura - Cultura e transformação social

Dia 1º de outubro, das 10h às 11h

A cultura e alguns valores a ela associados no mundo contemporâneo, como identidade, diversidade e cidadania, estão inseridos em processos de transformação social que, fortalecendo indivíduos e grupos, têm um papel relevante na configuração de novas realidades sócio-culturais e políticas. Refletir sobre as relações entre sociedade e cultura e sua importância como instrumento para a transformação social é hoje um desafio comum a governos e sociedades.

Participantes

Ministro Juca Ferreira

Mesa-redonda: As perspectivas da cultura na Ibero-América

Dia 1º de outubro, das 11h às 13h

O objetivo dessa mesa é discutir o atual panorama da cultura na Ibero-América de maneira ampla, levando em conta suas várias dimensões, bem como a herança do passado e os desafios do presente, de modo a permitir o confronto de diferentes pontos de vista. Para isso, serão convidadas personalidades de notória bagagem intelectual, com trânsito pela teoria e a prática da cultura, para abordar assuntos que perpassam o Congresso como um todo: globalização, identidade e diversidade cultural, indústria cultural, produção local e consumo da cultura, democracia, cooperação etc. Espera-se a partir daí esboçar possíveis cenários da cultura na Ibero-América nas próximas décadas e, eventualmente, sugerir caminhos que permitam lidar de modo eficaz e criativo com os dilemas atuais.

Participantes

Enrique Iglesias (Uruguai)
Secretario Geral da Segib

Tício Escobar (Paraguai)
Curador, professor, crítico de arte, promotor cultural e diretor do Museu de Arte Indígena do Centro de Artes Visuais, em Assunção, no Paraguai. È Ministro da Cultura do Paraguai.

Carlos Lessa (Brasil)
Economista. Foi Reitor da Universidade Federal Fluminense e Presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Lançamento da Campanha contra a violência contra a mulher

Dia 1º de outubro, das 15h às 17h

Nilcéia Freire (Brasil)
Ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres

Painel 1 O audiovisual e a identidade

Dia 1º de outubro, das 15h às 17h

Os meios audiovisuais de comunicação e de expressão constituem uma área fértil para a problematização de questões relacionadas à identidade e à diversidade cultural. Este é um campo em que as contradições entre padronização e diversidade cultural mostram-se mais nítidas, evidenciando as esferas de poder e as trocas simbólicas envolvidas no processo. Nessa perspectiva, este painel pretende retomar a memória e aprofundar as discussões ocorridas no I Congresso de Cultura Ibero-americana, que esteve focado precisamente nas linguagens audiovisuais e, em especial, no cinema.

Participantes

Fernando Solanas (Argentina)
Cineasta e roteirista. Dirigiu Sur e El Exílio de Gardel (Tangos), entre outros filmes.

Jorge Ruffinelli (Uruguai)
É professor na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Autor de livros sobre crí¬tica literária e cinema, entre eles a Enciclopedia del Cine Latinoamericano.

Omar Gonzáles Jiménez (Cuba)
Presidente do Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográfica. Poeta e jornalista, foi editor do jornal El Caimán Barbudo, do Instituto Cubano do Livro, do Conselho Nacional de Artes Plásticas e vice-ministro de Cultura.

Orlando Senna (Brasil)
Cineasta e jornalista, foi Secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura (2003-07), e diretor geral da TV Brasil (2007-08)

Painel 2: Cultura, educação e desenvolvimento sustentável

Dia 1º de outubro, das 15h às 17h

Pensada como fator de transformação social, a cultura pressupõe a existência de um complexo sistema de inter-relações nas quais algumas instâncias têm um papel decisivo. Neste painel pretende-se debater a cultura sob a ótica da educação e do desenvolvimento sustentável, compreendendo-se a educação como base para esse sistema e o desenvolvimento sustentado como um de seus objetivos norteadores.

Participantes

Guillermo Foladori (México)
É antropólogo e economista. È consultor da OIT para o Brasil e o México. Coordena o programa de Estudos do Desenvolvimento na Universidade de Zacatecas, no México.

José Pacheco (Portugal)
Mestre em Educação da Criança pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto. Professor e idealizador da Escola da Ponte, em Portugal.

Pedro Jacobi (Brasil)
É sociólogo. Professor Titular da Faculdade de Educação e do Programa de Pós- Graduação em Ciência Ambiental da Universidade de São Paulo (PROCAM-USP).

Painel 3: Arte e transformação social


Dia 1º de outubro, das 15h às 17h

Ao analisar a fortuna crítica acumulada em torno da produção artística e de sua circulação na contemporaneidade, deve-se considerar a contribuição efetiva de artistas para essa reflexão. Sem confundir a reflexão teórica sobre a arte com práticas e poéticas individuais, pretende-se neste painel mostrar a associação do trabalho artístico a uma reflexão conceitual elaborada, preferencialmente, pelos próprios artistas, entendendo a arte como uma das formas de expressão da cultura e o artista como detentor de uma visão privilegiada para essa análise.

Participantes


Georg Engeli (Argentina)
Coordenador da Rede Latino-americana para Arte e Transformação Social Crear vale la pena.

Kurt Wootton (Estados Unidos)
Diretor e co-fundador do projeto ArtsLiteracy no Departamento de Educação da Brown University, EUA. É responsável pela HABLA, centro internacional voltado ao ensino da linguagem, leitura e escrita através da arte.

Ivaldo Bertazzo (Brasil)
Coreógrafo. Dirigiu os espetáculos Dança das Marés (2002), com o Complexo da Maré, e Samwaad – Rua do Encontro (2003) e Milágrimas (2005), com o projeto Dança Comunidade, realizado em parceria com o Sesc.

Painel 4: Pontos de Cultura, casas de cultura, missões culturais e outras experiências de protagonismo sociocultural

Dia 2 de outubro, das 9h às 10h50

O engajamento cultural dos indivíduos em suas comunidades e a eficácia da mobilização comunitária em torno de práticas culturais ali existentes têm contribuído efetivamente para a transformação da realidade social, constituindo um importante recurso para a solução de problemas locais. Abre-se assim um novo espaço para o protagonismo sócio-cultural, em iniciativas que podem ampliar-se além da escala local e que têm influenciando a criação de novas políticas públicas no âmbito da cultura. São muitas as iniciativas que associam cultura e transformação social nos países ibero-americanos e neste painel poderemos conhecer algumas delas.

Participantes

Célio Turino (Brasil)
Historiador e autor de Na Trilha de Macunaíma - ócio e trabalho na cidade”. È de Secretário de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura do Brasil.

Eduardo Balan (Argentina)
Coordenador do grupo El Culebrón Timbal de Teatro Popular Juvenil e da Escola de Arte Popular para Jovens.

Rúben Dario Suárez Arana (Bolívia)
Diretor geral do Sistema de Coros e Orquestras – SICOR, de Santa Cruz de la Sierra, Bolívia.

Painel 5: Povos, diálogos, apropriações e mestiçagem intercultural

Dia 2 de outubro, das 9h às 10h50

A afirmação das identidades culturais na Ibero-América pressupõe o reconhecimento e a valorização das matrizes culturais que as formaram. Tendo em vista a relação entre as matrizes culturais formadoras e a configuração atual das sociedades e das culturas ibero-americanas em tempo de globalização, cabe perguntar: como a memória é elaborada e qual a sua relação com as transformações culturais ocorridas entre os grupos considerados formadores da cultura das nações ibero-americanas? O que permanece, o que muda e como esses processos ocorrem? Quais são as formas de apropriação, ressignificação e mestiçagem cultural que ocorrem nesses processos e como se inscrevem a formação cultural das nações ibero-americanas?

Participantes

Arturo Arias (Guatemala)
É escritor e professor nas Universidades de Austin e San Francisco. Foi agraciado com o Prêmio Nacional de Literatura "Miguel Angel Astúrias", em 2008.

Marcelo Paixão (Brasil)
É sociólogo, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e coordenador do Observatório Afro-brasileiro.

Marcelo Velazquez (Peru)

Mestre em Literatura Peruana e Latino-americana pela Universidade Nacional Mayor de San Marco, no Peru, onde é professor na Faculdade de Letras e Ciências Humanas.

Eduardo Miralles (Espanha)
Presidente do Conselho de Administração da Interarts, consultoria sobre políticas culturais. Colabora habitualmente como consultor em materia de cultura, cooperação e desenvolvimento com organismos como FEMP, AECID, OEI e UNESCO.

Painel 6: Mapeamento, indicadores e observatórios de políticas socioculturais

Dia 2 de outubro, das 9h às 10h50

Discutir a relevância dos mapeamentos e a obtenção de indicadores sócio-culturais na Ibero-América, bem como apresentar metodologias de trabalho e as tecnologias desenvolvidas a partir daí são os objetivos deste painel. O levantamento e a formação de bancos de dados mostram a diversidade cultural local e suas possibilidades; identificam demandas e ofertas existentes em determinada região para um melhor planejamento das políticas culturais, além de fornecer subsídios para o planejamento de políticas públicas em diversos setores, considerando-se o caráter multidimensional da cultura e a abertura de novas possibilidades de ações conjuntas e parcerias.

Participantes

Mario Hernan Mejia Herrera (Honduras)

Foi diretor de planejamento da Secretária de Cultura, Artes e Esportes de Honduras e professor na Universidade Tecnológica Centroamericana. Consultor da UNESCO para Honduras. De 1994 a 1999, foi embaixador no México.

Sylvie Duran (Costa Rica)
Especialista em Indústrias Criativas, presidente da Associação Cultural Incorpore e assessora do Ministério de Cultura, Juventude e Desportos da Costa Rica.

Cissi Montilla (México)
É responsável pela coordenação nacional de estratégia e perspectiva da CONACULTA, junto à Secretaria Executiva de Políticas Culturais e Desenvolvimento da Infra-estrutura Cultural, no México.

Painel 7: Carta Cultural Ibero-americana e ações de identidade e diversidade cultural

Dia 2 de outubro, das 11h às 12h50

A globalização contemporânea pôs em relevo questões ligadas à identidade e à diversidade cultural dos diferentes povos, abrindo-se para a possibilidade de organizar uma nova agenda de igualdade social, de emancipação e realização humana, em contraposição às hegemonias produzidas com base em assimetrias econômicas, políticas e culturais. Trata-se de pensar o direito à diferença para assegurar a permanência de marcas fundamentais da identidade dos mais diversos grupos sociais, garantindo a diversidade cultural sem incorrer na “guetificação” da cultura e sem transformá-la em conjunto de exemplares exóticos disponíveis para a comercialização. A elaboração da Carta Cultural Ibero-americana, efetivada na XVI Reunião de Cúpula Ibero americana de Chefes de Estado e Governo (Montevidéo, 2006) é uma etapa importante dessa agenda.

Participantes

Américo Córdula (Brasil)
Secretário da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura do Brasil.

Carlos Moneta (Argentina)
Especialista em políticas culturais. Foi Secretário Executivo do Sistema Econômico Latino-americano (SELA) e fundador e coordenador da Red Iberoamericana de Estudios de Asia del Pacífic - REDEALAP. Foi membro do Grupo de Redação das Bases da Carta Cultural Ibero-americana.

Jésus Prieto de Pedro (Espanha)
Diretor do Instituto para a Comunicação Cultural da Universidade Carlos III/ Universidade Nacional de Educação à Distância. Foi titular da Cátedra Andrés Bello de Direitos Culturais. Consultor da administração cultural espanhola e européia em projetos de legislação cultural. Considerado inspirador da carta Cultural Iberoamericana.

Painel 8: Propriedade intelectual, direitos do autor e acesso à cultura


Dia 2 de outubro, das 11h às 12h50

Uma das conseqüências da dependência crescente da cultura em relação aos modelos de produção da economia é o aumento da complexidade de questões ligadas à propriedade intelectual e aos direitos dos produtores de bens culturais.A expansão da internet, a criação de redes sociais e as discussões acerca de ferramentas de comunicação como o software livre vem trazendo novos e perturbadores elementos à discussão desses temas Estabelece-se nesse terreno uma equação cujo mecanismo é delicado e às vezes contrapõe posições igualmente legítimas: as necessidades econômicas de autores e instituições e os anseios de grupos sociais em busca de um amplo acesso à cultura.

Participantes

Ariel Vercelli (Argentina)
Doutor em Ciências Sociais e Humanas pela Universidade Nacional de Quilmes e líder do Creative Commons na Argentina.

Gonzalo Carámbula (Uruguai)
Ex-secretário de cultura e Diretor Geral do Departamento de Cultura de Montevidéu. É co-autor de leis como Fundo Nacional de Teatro, Fundo Nacional de Música e de incentivos fiscais para a produção artística uruguaia.

Carlos Afonso Pereira de Souza (Brasil)
Professor da FGV-RJ (Direito RJ) e da PUC-Rio. Membro da Comissão de Direito Autoral da OAB/RJ e Conselheiro eleito da ICANN como representante dos usuários não-comerciais da Internet (2008-2009).

Painel 9: Migrações, fronteiras e novos territórios culturais

Dia 2 de outubro, das 11h às 12h50

A intensa movimentação de pessoas e grupos humanos para além das fronteiras geográficas nacionais, uma das características fundamentais da contemporaneidade, nos obriga a considerar como objeto de estudo as dinâmicas culturais oriundas dessa mobilidade. Sabemos que essas dinâmicas estão ligadas a contextos que se apresentam ora como férteis e promissores do ponto de vista das hibridações produzidas, ora como tensos no que se refere aos quadros de instabilidade social que marcam esses novos territórios. Este painel pretende debater essas dinâmicas e suas contradições.

Participantes

Helion Póvoa Neto (Brasil)
Doutor em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo. Professor do Instituto de Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde coordena o Núcleo Interdisciplinar de Estudos Migratórios (NIEM).

Oriana Jara Maculet (Chile)
Socióloga e Mestre em Sociologia da Educação pelo Instituto Latino-americano de Doctrinas y Estúdios Sociales (ILADES), Chile. É presidente da organização não governamental Presença de América Latina (PAL).

Silvia Rodrigues Maeso (Portugal)
É Doutora em Ciência Política e Sociologia pela Universidade do País Basco. Professora no Programa de Doutoramento Democracia no Século XXI, do Centro de Estudos Sociais, em parceria com a Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.

Painel 10: Mecenato Privado


Dia 2 de outubro, das 15h às 17h

As formas de fomento à cultura podem ser divididas em duas categorias básicas, que se referem de um lado ao incentivo do Estado e de outro ao mecenato privado. Existe, atualmente, um intenso debate em torno dos diferentes objetivos e missões que devem ser desempenhados pelo poder público e pelas instituições da iniciativa privada. Ainda, discute-se de que forma são mobilizados os recursos dos agentes de patrocínios culturais. É importante ressaltar ainda um terceiro elemento frente ao qual essas iniciativas devem ser pensadas: as Leis de Incentivo à Cultura, regulamentadas pelo Estado, que visam beneficiar a produção cultural, incentivando os investimentos privados por meio da renúncia fiscal. Em que medida tais ações mimetizam a lógica do incentivo genuinamente público ou pendem para o interesse privado e quais os limites destas práticas?

Yacoff Sarkovas (Brasil)
Fundador e presidente da Articultura. Promove programas de desenvolvimento profissional para as áreas de comunicação, cultura e terceiro setor.

Clemência Poveda Motta (Colômbia)
Fotógrafa, diretora e organizadora do Festival de Fotología de Bogotá.

Rafael López de Andújar (Espanha)
Diretor Executivo da Fundação Cultural Hispano-brasileira.

Alexandre Melo (Portugal)

Painel 11: Economia da cultura e indústrias criativas

Dia 2 de outubro, das 15h às 17h

As esferas da economia e da cultura guardam um histórico de relações. No século XX, o impacto do desenvolvimento tecnológico sobre os meios de comunicação redimensionou as relações humanas com esses meios, tornando ainda mais complexas as relações da cultura com a esfera econômica às quais essas inovações tecnológicas estão historicamente ligadas. Cabe, assim, perguntar se ainda podemos pensar essa dinâmica utilizando ferramentas conceituais elaboradas há décadas. Como avaliar o potencial da cultura enquanto fator de desenvolvimento econômico a partir da configuração de um cenário cooperativo e colaborativo, marcado, especialmente, pela presença e expansão, cada vez mais desejada, de redes de produtores culturais e artistas na Ibero-América, observando que, em termos globais, a cultura é considerada o negócio mais rentável da atualidade?

Participantes


Carlos Guzman (Venezuela)
Sociólogo, presidente da Innovarium Inteligencia del Entorno e professor da Universidade Católica Andrés Bello. Especialista em Gerencia de Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento.

Octavio Arbeláez (Colômbia)
Fundador e presidente da Rede de Promotores Culturais da América Latina e do Caribe, diretor do Festival Latino-americano de Teatro de Manizales e responsável pelo Mercado Cultural de Bogotá.

Octavio Getino (Argentina)
Cineasta. Coordenou o Observatório de Indústrias Culturais de Buenos Aires e o Observatório Mercosul de Audiovisual da RECAM. Autor de El capital de la cultura: Las industrias culturales en Argentina y en la integración del Mercosur, entre outros.

Painel 12: Cultura e transformação urbana e social

Dia 2 de outubro, das 15h às 17h

As intervenções urbanas operadas nas cidades por setores públicos e privados ocorrem a partir de dois campos de ação. De um lado, temos ações instituídas agressivamente, com privilégio de interesses econômicos particulares, em detrimento de possíveis impactos sócio-culturais e ambientais daí decorrentes. Por outro lado, há intervenções empreendidas após a consideração sistêmica de seus possíveis efeitos, preocupadas com impactos sobre os modos de vidas locais e os dispositivos de garantia da sustentabilidade ambiental e humana. Pretende-se refletir sobre essas intervenções e suas influências nas transformações urbanas e sociais.

Participantes

Ana Rosas Mantecón (México)
Professora do Departamento de Antropologia da Universidade Autónoma Metropolitana-Iztapalapa.

Armando Silva (Colômbia)
Professor da Universidade Nacional da Colômbia. Autor de Investigation of the urban imagination in Latin America e Cultura Italiana en Colombia – Reflexión sobre etnias y mestizajes culturales.

Silvana Meireles (Brasil)
Secretária de Articulação Institucional e Coordenadora Executiva do Programa Mais Cultura do Ministério da Cultura do Brasil.

Painel 13: Cooperação cultural ibero-americana como fator de coesão social

Dia 2 de outubro, das 15h às 17h

É pouco razoável concebermos uma idéia de nação que busque se desenvolver sem estabelecer contatos efetivos e políticas de integração e cooperação com outras nações. A cultura é um ambiente propício para favorecer essa integração: ela nos permite conceber a interdependência das nações como pressuposto de uma transformação social pensada para além de demandas econômicas. A cooperação cultural entre os países ibero-americanos é entendida como instrumento essencial para a formação de um posicionamento unificado e próprio da região frente ao contexto mundial. Daí a importância de pensar em que medida e de quais formas essa cooperação atua na construção de mecanismos de participação social e minimização de conflitos, fortalecendo laços que contribuam para a coesão social.

Participantes

Albino Rubim (Brasil)
Sociólogo. Professor Titular da Universidade Federal da Bahia. Publicou Mídia e autor de Brasil e Políticas culturales en Ibero-América, entre outros.

Clara Mônica Zapata (Colômbia)
Professora da Faculdade de Artes da Universidade de Antioquia, Medelin, e de Gestão de Políticas Culturais e Desenvolvimento na Universidade de Girona, na Espanha.

Eduardo Nivon Bolan (México)
Doutor em Antropologia e professor do Departamento de Antropologia da Universidade Autónoma Metropolitana de México. Autor de Culturas Urbanas y Movimientos Sociales (1998) e Territorio y Cultura en la Ciudad de México.

Inma Turbau (Espanha)
Jornalista, escritora, especialista em gestão cultural e Diretora da Casa de América de Madri.

Relatos de Experiências dos Países Ibero-americanos

Apresentação de relatos de experiências no que se refere à implantação de políticas e ações culturais que têm impacto sobre a transformação social de países ibero-americanos.

Dia 1º de outubro, às 17h30

Caja Lúdica (Guatemala)

Colectivo Mingasocial Comunicación (Equador)

Eloísa Cartonera (Argentina)

Lugar a dudas (Colombia)

Nuestra Gente/Rede Latino-Americana de Teatro Comunitário (Colombia)

Teatro do Oprimido (Moçambique)

Escuela de Comedia (Nicarágua)

Dia 2 de outubro, às 17h30

Museu da Pessoa (Brasil)

ONG Manifesto (Canadá)

Ponto de Cultura Contato (Brasil)

Programas Ibermuseus e Ibermedia

Centro Cultural da Espanha (Brasil)

Ponto de Cultura Contato Helder Quiroga (Brasil)

Cultura Perú (Peru)

Casa Taller (Panamá)


Exposição Programas Mais Cultura e Cultura Viva

A exposição dos Programas Mais Cultura e Cultura Viva tem o objetivo de divulgar por meio de painéis fotográficos as ações de ambos os programas do Ministério da Cultura do Brasil.

O programa Mais Cultura foi lançado em outubro de 2007 com o objetivo de marcar o reconhecimento da cultura como necessidade básica, direito de todos os brasileiros, tanto quanto a alimentação, a saúde, a moradia, a educação e o voto. A partir desse programa, o Governo Federal incorpora a cultura como vetor importante para o desenvolvimento do país, incluindo-o na Agenda Social – política estratégica de estado para reduzir a pobreza e a desigualdade.

O programa Cultura Viva foi criado em julho de 2004, a partir da constituição de uma rede orgânica de criação e gestão cultural, que exercita novas práticas na relação entre Estado e sociedade, mostrando que quem faz cultura é a sociedade e, portanto, cabe ao Estado potencializar essas iniciativas.

A exposição apresentará os três eixos que estruturam as ações do Mais Cultura:

Cultura e Cidadania

Promover melhoria da qualidade de vida à medida que protege e promove a diversidade cultural e amplia o acesso a bens e serviços culturais. Integram esse eixo as seguintes ações: Pontos de Cultura, Cine Mais Cultura, Conteúdos para TV Pública, Pontinhos de Cultura/Espaço de Brincar, Pontos de Leitura, Agentes de Leitura, Livros Mais Cultura e Vale Cultura.

Cultura e Cidades

Qualificar o ambiente social das cidades e do campo, por meio da construção, reforma modernização e adaptação de espaços culturais. Compreendem este eixo as ações: Espaço Mais Cultura, Bibliotecas Mais Cultura (implantação e modernização) e Pontos de Memória.

Cultura e Economia

Melhorar o ambiente econômico para investimentos no setor cultural, a fim de gerar oportunidades de negócio, emprego e renda para trabalhadores do mercado cultural brasileiro, por meio das seguintes ações: Microprojetos Mais Cultura, Microcrédito Cultural e Promoart – Programa de Promoção do Artesanato de Tradição Cultural.

Dentre as ações do programa Cultura Viva, a exposição destacará:


Griôs

Educadores da tradição oral - por meio da provisão de bolsas trabalho e instrumentalização do Griô, o MinC reconhece a importância de valorizar o lugar social, político e econômico desse mestre do saber popular e do seu conhecimento inestimável.

Escola Viva

Cultura, comunidade e educação em reencontro - a partir das experiências culturais de cada Ponto, os estudantes podem identificar signos e códigos da cultura local e, na troca de experiências, apropriar-se do conhecimento estético e ético da cultura brasileira, e de como ela se relaciona com outras culturas.

Cultura Digital

Dar visibilidade e circulação à produção dos Pontos de Cultura. Cada Ponto recebe um estúdio multimídia para produção de vídeos, programas de rádio ou páginas na internet, tudo isso com programas de software livre.

Interações Estéticas

O Cultura Viva, em parceria com a Funarte, lançou o prêmio Interações Estéticas – residências artísticas em Pontos de Cultura. O prêmio visa estimular o intercâmbio cultural e estético.

Pontões de Cultura

O grande nó articulador da rede Cultura Viva, que conecta e mobiliza não só instituições que são Pontos de Cultura como diversas outras entidades da sociedade civil, criando um movimento amplo, orgânico e integrador.

Pontos de Mídia

A ação Pontos de Mídia Livre da Secretaria de Cidadania Cultural visa desenvolver e acompanhar a construção de políticas públicas para iniciativas de comunicação livre e compartilhada, ou seja, que não estão atreladas ao mercado.

Mostra de documentários Doc.TV Ibero-América

De 1º a 4 de outubro

CineSESC

Rua Augusta, 2075 – Cerqueira César – São Paulo
Telefone: (11) 3087-0500

Destaques


Dia 1º de outubro, às 20h

Lançamento do filme O Rosto no Espelho

O documentário indaga sobre a importância dos movimentos culturais para a transformação social. Para isso, envereda por pontos de cultura indígenas, afro-brasileiros, pertencentes ao MST - Movimento dos Sem Terra e a comunidades carentes Renato Tapajós no Brasil, bem como por organizações culturais na Bolívia e na Colômbia. Direção de Renato Tapajós.

Dia 3 de outubro, às 20h


Pré-estréia do filme Dawson - Ilha 10

Produção chileno-brasileira. Longa metragem de ficção em 35 mm sobre o golpe militar que depôs o presidente Salvador Allende. Direção de Miguel Littin.

Reunião de Ministros da Cultura da Ibero-América

Abertura da exposição "Os olhos mágicos das Américas"

Dia 3 de outubro, às 17h

Museu Afrobrasil

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