Vídeo Índio Brasil 2009
O Festival terá exibições em aldeias e localidades de sete cidades de MS
Em sua segunda edição, o Vídeo Índio Brasil deste ano estende seu alcance e chega a 16 pontos de exibição, em sete cidades. Em Campo Grande, além do CineCultura, o festival estará em cartaz na Aldeia Urbana Marçal de Souza, na Aldeia Água Bonita, no Ponto de Cultura Mukando Kandongo, na Casa Brasil Instituto Delta de Educação, na Associação de Moradores da Vila Santo Eugênio e na Fundação Tia Olívia.
O festival começou nesta segunda-feira (10) e as exibições no dia de ontem.
Até domingo (16), cada uma das localidades iniciam suas programações às 9 horas. No CineCultura, na Capital, as manhãs estão reservadas aos seminários. Nos demais pontos, o dia começa com a exibição das mostras "Os Povos Indígenas no Cinema Brasileiro" e "O Olhar dos Povos Indígenas".
NO INTERIOR
Em Bonito, o espaço da Associação Amigos do Brazil Bonito tem sua estréia no Vídeo Índio Brasil 2009 às 9 horas, na terça-feira (11), com a exibição de "Expedição A’uwê, A Volta de Tsiwari", documentário dirigido por Marcos Palmeira e Laine Milan, que retrata a situação em que vivem 400 pessoas na Terra Indígena Parabubure, no Mato Grosso, onde vivem xavantes das aldeias São Pedro e Onça Preta.
À tarde, às 15 horas, será a vez de conhecer melhor sobre os índios Krahô, do Tocantins, retratados no documentário "Hotxuá", de Letícia Sabatella. Militante de causas sociais e ambientais, a atriz e diretora foi convidada pelos indígenas a conhecer seus hábitos e se encantou pelo hotxuá, o palhaço sagrado, segundo a tradição dos krahô.
Na última programação do dia, às 19 horas, Bonito terá a exibição de mais um documentário, "Xingu, A Terra Ameaçada", fruto do trabalho do jornalista Washington Novaes, que registrou cinco grupos indígenas na região do Xingu, ainda em 1984. Há três anos, ele retornou à região e reencontrou os povos Waurá, Kuikuro, Yawalapiti, Metuktire e Panará, que encontrara 22 anos antes.
OUTROS HORÁRIOS
Na maior parte dos pontos de exibição, a programação prevê uma sessão às 9 horas e depois às 15 horas e às 19 horas. Em outras, como no Ponto de Cultura Teko Arandu, na Aldeia Te’ýikue, as sessões começam às 7h30 e, na terça-feira, o primeiro filme será "Expedição A’uwê, A Volta de Tsiwari". Às 9h30, estreia "Hotxuá".
No período da tarde, a Te’ýikue recebe o documentário "Eu Venho do Mundo", de Edson Nakashima e Marcos Alexandre, que retrata os povos indígenas que vivem em São Paulo, seguindo pelo "Piõ Höimanazé, A Mulher Xavante em sua Arte", em que são retratadas as mulheres A’uwê, xavantes do Mato Grosso.
MAIS LOCALIDADES
Em Corumbá, o primeiro dia de exibições será aberto com a mostra convidada "Cineastas Autóctones Wapikoni Mobile", do Canadá. A partir das 9 horas, na Casa Brasil Instituto Homem Pantaneiro, serão exibidos seis curtas-metragens produzidos por cineastas canadenses. O grupo não se denomina indígena, mas sim autóctone, ou "nativo".
Na sessão das 15 horas, o público corumbaense poderá assistir o documentário "Universitário Indígena", que retrata as dificuldades e o preconceito existente com jovens universitários indígenas instituições públicas e privadas. O filme foi dirigido por Alejanro Ferrari, da Ação Jovens Indígenas, de Dourados. Em seguida será a vez de "Expedição A’uwê, A Volta de Tsiwari". A primeira noite, em Corumbá, será encerrada com a exibição de "Hotxuá".
Em Dourados, na Casa Brasil da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), o primeiro dia de Vídeo Índio Brasil terá a exibição de "Expedição A’uwê, A Volta de Tsiwari" (às 9 horas), "Hotxuá" (às 15 horas) e "Terra dos Índios" (às 19 horas). Esse último foi dirigido por Zelito Viana, que na década de 70 viajou o Brasil retratando a situação das populações indígenas. Ele estará em Campo Grande na segunda-feira (16), na abertura do festival.
Ainda no Dourados, no auditório da UFGD, através do Ponto de Cultura Todas as Idades, a terça-feira será de apenas duas sessões, uma às 9 horas, com "De Mão em Mão" e "Pi’Õnhitsi, Mulheres Xavente sem Nome", e outra às 19 horas, com "Terra Vermelha".
No auditório da Câmara Municipal de Coxim, a primeira sessão do dia 11 será com "Eu Venho do Mundo", às 9 horas, seguido por "Xingu, Terra Ameaçada". Às 15 horas, será exibido "Expedição A’uwê, A Volta de Tsiwari", e à noite será realizada uma sessão especial, com a exibição de "Terra dos Índios".
O Vídeo Índio Brasil 2009 chegará também a oito aldeias da comunidade indígena de Sidrolândia. Na sessão de estreia será exibido "Expedição A’uwê, A Volta de Tsiwari", às 9 horas. À tarde, às 15 horas, será a vez de seus curtas-metragem que integram a mostra "Cineastas Autóctones Wapikoni Mobile". Na última sessão da noite serão exibidos "De Mão em Mão" e "Pi’Õnhitsi, Mulheres Xavente sem Nome". As exibições seriam na Aldeia Tereré, mas foram transferidas para a Câmara Municipal, a pedido do município, que propiciará o transporte dos indígenas ao "cinema improvisado".
NA CAPITAL
Na Aldeia Marçal de Souza, a programação será aberta com "De Mão em Mão", "Eu Venho do Mundo" e Bakororo Itubore, Ure Boe Ure Towujewuge, Legisladores Bororo", a partir das 9 horas. Às 15 horas serão exibidos os curtas da Wapikoni Mobile. A noite, a programação prevê a exibição de "Pi’Õnhitsi, Mulheres Xavente sem Nome", que será seguido de um debate com o diretor do Memorial dos Povos Indígenas, Marcos Terena.
Na Aldeia Água Bonita, a terça-feira terá programação parecida. A diferente está apenas na programação da manhã, quando será exibido "De Mão em Mão" e "Hotxuá". À noite, após a exibição de "Pi’Õnhitsi, Mulheres Xavente sem Nome", participa de um debate o cineasta xavante Divino Tserewahú.
Na Casa Brasil do Instituto Delta de Educação, os filmes exibidos no primeiro dia serão "Expedição A’uwê, A Volta de Tsiwari" (às 9 horas), a mostra do "Cineastas Autóctones Wapikoni Mobile (15 horas), "Pi’Õnhitsi, Mulheres Xavente sem Nome" e "Yvy Katu, Terra Sagrada", os dois últimos com sessões às 19 horas.
No Ponto de Cultura Mukando Kandongo, a programação de exibições só começa na quarta-feira, com "Expedição A’uwê, A Volta de Tsiwari" (às 9 horas), "Pré-Socráticos X Indígenas", "Hotxuá" (às 15 horas) e "Corumbiara" (Às 19 horas).
Ainda em Campo Grande, as exibições serão feitas na Fundação Tia Olívia e na Associação de Moradores da Vila Santo Eugênio.
A programação do Vídeo Índio Brasil ainda segue até o dia 16, em um total de 285 atividades.
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